Na África Ocidental, os guerreiros Axanti lutaram contra a invasão inglesa, mas foram derrotados militarmente em 1896 e seu rei foi deportado.
O povo Axanti exigiu do governante britânico de Gana o retorno do Rei Asantehene Premph.
Em 28 de março de 1900, o governador britânico convocou uma reunião de todos os reis na cidade de Kumasi, exigindo das autoridades a entrega do famoso tamborete dourado, objeto histórico venerado e símbolo da soberania e independência Axanti.
Alguns líderes Axanti, receosos em fazer a guerra contra os britânicos, sugeriram que ao invés de lutar contra eles, que mudassem sua política repressiva para que permitissem o retorno de seu rei.
Conta a historia, que Yaa Asantewa, a rainha mãe e guardiã do tamborete dourado, presente na reunião, indignada levantou-se dizendo:
“Não posso acreditar no que ouvi"...
“É verdade que a bravura do Axanti não existe mais”?
Nenhum homem branco teria ousado falar aos chefes dos Axanti da maneira como o governador falou a vocês esta manhã.
Se vocês homens de Axanti não forem adiante, iremos nós. Nós, as mulheres. Eu convidarei as minhas companheiras. Nós lutaremos contra os homens brancos. Nós lutaremos até que a última de nós caia nos campos de batalha."
O discurso da Rainha Mãe levou os chefes a firmar o juramento de Axanti: Lutar contra os ingleses até que o rei Premph de Asantehene retornasse do exílio.
Durante meses, a rainha conduziu os Axanti para batalha, mantendo os Ingleses ilhados.
Isolaram a comunicação entre os invasores, cortando os fios do telégrafo e obstruindo as estradas de acesso até Kumasi onde os Ingleses possuíam um Forte.
Foi preciso 1.400 soldados britânicos para capturar Yaa Asantewa e outros líderes. Todos foram exilados. Yaa Asantewa morreu em 1923 longe de sua terra natal.
Yaa Asantewa é uma das figuras mais reverenciadas da historia moderna de Gana.
