sábado, 17 de setembro de 2011

Ketu ou Quêto


Ketu é atualmente uma localidade histórica na atual República do Benim.
Esse grande reino Iorubá do passado , ficou conhecido pelos Jejes como:
Amedzofe (origem da humanidade)
ou
Mawufe (a casa do Ser Supremo)
Acredita-se que os habitantes de Ketu tenham pertencido originalmente ao povo de Oyó na Nigeria. Mas devido a uma série de guerras ocorridas entre os seculos X e XIII, foram sendo pressionados em direção ao ocidente. Em Ketu, os ancestrais dos povos do ramo linguistico Gbe, ( Fon , Ajá, etc) foram estabelecendo sua própria identidade , separando-se dos demais refugiados. Mas acabaram por ser obrigado a mudarem-se para o Oeste pelos Iorubás, durante os séculos XIV e XV.
Ketu foi desde sempre conhecido como a provincia do oeste.
Faz fronteira com Dahomi a oeste , no sul com Porto Novo e a leste com Egba. A fronteira norte é indefinida.
A capital, Ketu, originou o titulo de seus chefes, Alaketu, (Senhor de Ketu ).
Na foto acima está o Oba do Egbé Magbo, Alákétu de Kétu.
Pequena Cronologia
1500 - O estado Iorubá muda sua capital para Ketu.
1886 - É conquistado pelo Daome
1893 - O estado é restituido pela França, sob o regime de protetorado.
1963 - O Estado é extinto
O problema começou quando os comerciantes das etnias Hausa e Iorubá resolvem disputar pelo controle da feira livre , que ocorria às terças feiras.
Os Iorubás, em maioria no sudoeste , e os Hausa, no norte, são os dois maiores grupos etnicos da Nigeria. Os conflitos entre eles levaram-nos a uma instabilidade nesse pais, o mais populoso da Africa.
fonte:
Wikipedia
Terreiro de Alaketu em Salvador
Localizado no alto de uma colina, no bairro de Matatu em Brotas, o terreiro Ilê Maroiá Láji é mais conhecido como Alaketu, nome referente a sua origem nigeriana.
A antropóloga Yeda Pessoa de Castro diz que o Alaketu nasceu após a destruição do reino de Ketu, no Benin, antigo Daomé, na África
O Maroiá Láji, casa de Iansã, com forte vínculo com Oxumaré, tem uma placa de cantaria dentro do barracão, datada de 1636. Provavelmente a data de sua construção.
De acordo com a história oral desse terreiro, foi durante a expansão do Daomé sobre o Reino de Ketu, que duas netas do rei foram seqüestradas e vendidas como escravas na Bahia.
Isso foi durante o reinado de Akibiohu, no final do século XVIII.
Uma delas era Otampê Ojarô que, que depois de nove anos trabalhando como escrava , ganha a alforria, e funda o terreiro Alaketu em Salvador.
A ialorixá Olga, é a quinta geração da princesa Otampê Ojarô, e herdeira da família real Arô, da região de Ketu na África Ocidental.
É dai que vieram os fundamentos dos terreiros tradicionais da Bahia.
Olga do Alaketu Olga de Alaketu, 79 anos, a sucessora de Dionísia Francisca Régis, foi uma sacerdotiza que soube preservar o iorubá como língua de comunicação dentro do culto do Orixa.
Oxóssi ganha de Orunmilá a cidade de Quêto
Um certo dia, Orunmilá precisava de um pássaro raro
para fazer um feitiço de Oxum.
Ogum e Oxóssi saíram em busca da ave pela mata adentro,
nada encontrando por dias seguidos.
Uma manhã, porém, restando-lhes apenas um dia para o feitiço,
Oxóssi deparou com a ave e
percebeu que só lhe restava uma única flecha.
Mirou com precisão e a atingiu.
Quando voltou para a aldeia,
Orunmilá estava encantado e agradecido com o feito do filho,
sua determinação e coragem.
Ofereceu-lhe a cidade de Queto para governar até sua morte,
fazendo dele o orixá da caça e das flechas.

Mitologia dos Orixás,2001,pp.116
Reginaldo Prandi