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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Exposição "Schwarze Götter in exil"

Artigos sobre a exposição em itinerância pela Alemanha entre 2004 a 2006 com fotos de Mario Cravo Neto

Faz alguns anos que Manfred Metzner (Editora Wunderhorn Verlag - Heidelberg) e Michaël Thoss (Fórum Goethe – Berlim) vêm com frequência à Salvador, com o objetivo de divulgar a obra de Pierre Verger na Alemanha, onde o fotógrafo continua ainda hoje pouco conhecido.
O fruto desses anos de investimentos se concretizará em setembro de 2004 com uma grande exposição que acontecerá no museu de etnologia de Berlim, e depois iniciará uma itinerância de dois anos pelas principais capitais alemãs (Frankfurt, Stuttgart, Leipzig, Munique, Brême).
A mostra irá constar de mais de 400 fotografias, em diversas técnicas (impressões de laboratório, impressões digitais, projeções), destacando mais especificamente o trabalho que Pierre Verger realizou sobre as culturas negras na África e no Novo Mundo (Estados Unidos, Cuba, Haïti, Antilhas Francesas, Suriname, Brasil). Irão realçar a cenografia da exposição objetos pessoais de Pierre Verger (câmera, itens de uso quotidiano), além de peças de origem afro-brasileira que já pertenciam à coleção do museu.
Através de um banco de dados inédito de mais de 5000 fotografias, os visitantes poderão descobrir as viagens ininterruptas que Pierre Verger realizou pelo mundo antes de se apaixonar pelas culturas afro-brasileiras.
A exposição terá como desfecho uma instalação fotográfica de Mario Cravo Neto, composta de fotografias do Candomblé, manifestação religiosa pela qual Pierre Verger era particularmente atraído.
A Editora Wunderhorn Verlag irá publicar um livro-catálogo de mais de 400 páginas que incluirá a maior parte das fotografias da exposição. Diversos textos de especialistas da obra de Pierre Verger ou da cultura negro-americana (Édouard Glissant, Gilberto Gil, Angela Lühning, Emmanuel Garrigues) irão enriquecer a publicação.

"Schwarze Götter in exil"
Fotografias de Pierre Verger e instalação fotográfica de Mário Cravo Neto
Apoio: Fundação Nacional pela Cultura da República Federal Alemã