sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Museu Michael C. Carlos - Atlanta

Situado no campus da Emory University em Atlanta, o museu Carlos é direcionado para as antigas culturas e civilizações, contendo uma coleção permanente de mais de 18.000 objetos coletados em diversas partes do mundo.
Atualmente o Museu Carlos é um dos principais museus de arte antiga do sudeste norte americano compreendendo grandes coleções de objetos de arte do antigo Egito, Núbia, Oriente próximo, Grécia, Roma, antigas, além das Américas, África e Ásia.
Há também uma interessante coleção de escritos que datam da Idade Média até o século 20. Exposições itinerantes também são exibidas no museu.
Estão expostos num prédio criado pelo renomado arquiteto Michael Graves.
Histórico
O museu possui a característica histórica distinta de proporcionar oportunidades para os estudiosos em diversas disciplinas para que eles possam expandir o seu trabalho e para que os alunos venham aprender através da participação em projetos rigorosamente acadêmicos.
As coleções da Emory datam de 1876 com a construção de um museu no campus original da universidade em Oxford na Geórgia. O crescimento do Museu acompanhou desde então o crescimento da Universidade como instituição de ensino e pesquisa. As primeiras aquisições datam do século XIX consistem de arte asiática trazida pelos missionários metodistas. As aquisições do início do século XX foram feitas pelo Professor de teologia William A. Shelton, e as aquisições mais recentes foram adquiridas para complementar as pesquisas da Universidade nos estudos latino-americanos, africanos, clássico e do oriente médio.
Além de possuir uma das coleções de arte mais abrangentes da região, o Museu Carlos também é reconhecido por apresentar um dos calendários de exposições internacionais mais expressivas dentre os museus universitários, operando um laboratório de ensino e um centro de conservação, publicando importantes catálogos acadêmicos, desenvolvendo programas educacionais altamente prestigiados pela universidade e pela comunidade, consolidando uma publicidade internacional e mantendo os mais altos padrões profissionais quanto ao design de exposição e cuidados com as coleções. O Museu serve como um portal onde a universidade e a comunidade se encontram, fisica e intelectualmente.

Arte africana

A coleção de arte africana oferece um panorama valioso das expressões artísticas africanas na sua variedade formal e funcional dentre as culturas de origem. A maioria dos objetos provenientes da coleção de William S. Arnett foram adquiridas pelo Museu em 1994. Arnett colecionou máscaras e figuras entalhadas da África Ocidental e Central, particularmente entre as numerosas culturas da Nigéria, Benin (antigo Daomé), as savanas dos Camarões e a República Democrática do Congo. Desde 2003 a coleção africana tem crescido através de aquisições e doações apresentando objetos do oriente e da África do Sul, compreendendo joias, cerâmicas e tecidos.

Os objetos dessa coleção trazem uma variedade de materiais nativos que evidenciam usos numa variedade de contextos, tanto religiosos quanto seculares. Há figuras de altares pessoais ou familiares, tais como os altares Asen Fon, e de altares coletivos como a figura de Urhobo e a cruz processional etíope. Há também exemplos de arte secular, geralmente feitas para serem vistas em público comunicando ideias de status, riqueza e identidade, como a requintada tigela de contas do Reino Kom das savanas dos Camarões usada pela realeza para servir nozes de kola aos convidados e o bastão de contas das mulheres Ndebele da África do Sul. A coleção também compreende uma grande variedade de máscaras como a dos espíritos femininos Igbo, usadas nas cerimônias de máscaras contendo um significado religioso e cultural para os participantes, compreendendo o público. Todas essas obras oferecem aspectos importantes da maneira de ver e dos valores estéticos das culturas de origem.