O impacto da arte africana no ociente

Ao longo da história da arte, a arte africana tem inspirado artistas que trabalham em vários estilos e materiais. Os exemplos mais evidentes do impacto da África nas Belas Artes referem-se à arte moderna na Europa e na América. O fato de que formas de arte africanas inspiraram o trabalho dos mestres modernos como Jacques Lipchitz, Henri Matisse e Pablo Picasso, está bem documentado. Estes pioneiros e outras figuras importantes buscaram na África soluções para os problemas formais e estéticos.

A arte africana e modernismo

A relação entre arte africana e modernismo tem sido estudada e pesquisada, para além de suas fronteiras, através de exposições em museus, mostras em galerias de arte e eventos relacionados. O que nos chama a atenção é que, aparentemente, tanto os amantes da arte quanto os da africana podem apreciar exposições com base na arte moderna, na arte africana ou nos diversos casamentos estilísticos das duas.
Apesar da influência da arte africana sobre modernismo ser evidente na maioria das exposições que tratam da arte moderna, algumas mostras buscam realçar fortemente o impacto da África, enquanto que outras abraçam o tom não ocidental do modernismo de maneira mais discreta. Os artistas contemporâneos, inspirados pelo poder dos objetos rituais africanos, expõem os seus trabalhos ao lado da arte africana, exibindo um padrão exclusivo de linguagem, forma visual e de natureza dos materiais.
Muitos artistas da atualidade relacionam o seu trabalho diretamente à forma Africana e a questão do primitivo. O entusiasmo e emoção que estas peças oferecem demonstram a maravilha da abstração, a não objetividade e o modernismo. Um passeio por alguns museus e galerias pode oferecer insights sobre a beleza e a diversidade da arte africana e moderna.

Jacques Lipchitz, cubista influenciado pela arte da Africa

Depois de se mudar para Paris em 1909, Jacques Lipchitz americano, nascido na Lituânia, 1891-1973, se tornou uma figura-chave na Comunidade, o artista de vanguarda da cidade. Sua escultura mulher sentada, com formas geométricas e anatomia simplificada, demonstra absorção de Lipchitz dos princípios cubistas de Pablo Picasso e Georges Braque, além de lições dos africanos e da arte tribal oceânica, tão influente em Paris nas primeiras décadas do século XX. Alternando planos e formas arredondadas volumétricas, Lipchitz esculpiu a figura sentada e a cadeira com uma série de perfis arquitetônicos que se revelam quando a escultura é vista por todos os lados.
Jacques Lipchitz, um dos primeiros escultores a criar um estilo baseado no cubismo, foi dos pioneiros da escultura abstrata na primeira metade do século XX.

Foto:

Uma composição quase abstrata de formas opostas e convergentes e fixos descreve uma figura geometricamente idealizada, com olhos penetrantes.