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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

África no século XVI

Na Europa, pouco se sabia sobre a África até o século XV. Navegadores portugueses iam explorando a costa Atlântica e os Emissários que viajaram até à Etiópia e provavelmente até às costas de Índico, deram, então, conta da existência de estados organizados, como o da Etiópia e do velho império de Kanem, com o Mali e o Songay, a maior de todas as concentrações do velho Sudão, que tinha um estrutura proto-feudal, governada por doze príncipes, que dominaram esses vastos territórios, durante várias gerações.
Na época em que os africanos foram trazidos para o Brasil como escravos, o continente africano apresentava uma divisão politica diferente da atual. 
A proveniência dos escravos percorria toda a costa oeste da África, passando por Cabo Verde, Congo, Quíloa e Zimbábue.
As diferentes etnias africanas chegaram ao Brasil em distintos momentos.


Os africanos no Brasil


De acordo com estudo apresentado por Sérgio Buarque de Holanda, os africanos foram classificados em dois grupos: bantos e sudaneses. 
O banto constituía um grupo linguístico falado por milhões de africanos, dividindo-se em inúmeras línguas, em torno de 300 dialetos. 
Habitavam quase dois terços da África, desde os Camarões até o sul do continente, compreendendo Angola e Congo de onde vieram a maioria dos escravos. 
Desse grupo cujas línguas principais eram o Quimbundo e o Quicongo foram aquelas que mais influenciaram a nossa linguagem. 
Classificam-se ainda como bantos os habitantes de Moçambique e das colônias portuguesas. 
Os sudaneses foram classificados dentre os povos que habitavam a região entre o deserto do Saara e o Atlântico (Golfo da Guiné), a chamada África Intertropical. 
Países que correspondem atualmente ao Tchad, Níger, Sudão, entre outros. Os da Costa do Golfo: Nigéria, Benin (antigo Daomé), Togo, Gana (antiga Costa do Ouro), Costa do Marfim, estendendo-se até a Libéria, Serra Leoa, Guiné Bissau e Senegal. 
Esse grupo classifica-se em dois: os iorubas e os hauçás. 
Os iorubas agrupados na classificação dos sudaneses eram habitantes da região Ioruba (Nigéria - África Ocidental) que se estendia de Lagos para o Norte, até o rio Níger (Oya) e algumas cidades de Benin e Togo. 
Na Bahia ficaram conhecidos também como Nagôs, dominando social e religiosamente seus companheiros de infortúnio vindos de outras nações.
Sua língua foi a mais falada entre os cativos o que resultou na supressão dos demais dialetos. 
Os Iorubas possuíam como capital política "Oyó" e como religiosa "Ifé", de onde a humanidade foi criada, segundo os mitos. 
Os hauçás habitavam o norte da Nigéria, parte da República do Níger e certas comunidades da África do Norte, Oeste e Equatorial. 
O antigo dialeto "Kano" foi aceito como padrão. 
Essa língua foi falada no Brasil, e conhecida também por malê ou muçulmi (referindo-se à religião dos muçulmanos ou maometanos). 
Sua influência pode ser notada nos trajes e amuletos dos cultos afro-brasileiros.
Também não se pode esquecer de que dentre esse grupo nasceram os vários movimentos de rebeldia, como a "Revolta dos Malês". 
A esse subgrupo, o estudioso Arthur Ramos, denominou-se de guineano-sudanês islamizado, ou negro-maometanos.
Na época em que os africanos foram trazidos para o Brasil como escravos, o continente africano apresentava uma divisão politica diferente da atual.
De acordo com estudo apresentado por Sérgio Buarque de Holanda, os grupos de africanos foram classificados em dois grupos: bantos e sudaneses.
O banto constituía um grupo linguístico falado por milhões de africanos, dividindo-se em inúmeras línguas, em torno de 300 dialetos.
Habitavam quase dois terços da África, desde os Camarões até o sul do continente, compreendendo Angola e Congo de onde vieram a maioria dos escravos.
Desse grupo cujas línguas principais eram o Quimbundo e o Quicongo foram aquelas que mais influenciaram a nossa linguagem.
Classificam-se ainda como bantos os habitantes de Moçambique e das colônias portuguesas.
Os sudaneses foram classificados dentre os povos que habitavam a região entre o deserto do Saara e o Atlântico (Golfo da Guiné), a chamada África Intertropical.
Países que correspondem atualmente ao Tchad, Níger, Sudão, entre outros. Os da Costa do Golfo: Nigéria, Benin (antigo Daomé), Togo, Gana (antiga Costa do Ouro), Costa do Marfim, estendendo-se até a Libéria, Serra Leoa, Guiné Bissau e Senegal.
Esse grupo classifica-se em dois: os iorubas e os hauçás.
Os iorubas agrupados na classificação dos sudaneses eram habitantes da região Ioruba (Nigéria - África Ocidental) que se estendia de Lagos para o Norte, até o rio Níger (Oya) e algumas cidades de Benin e Togo.
Na Bahia ficaram conhecidos também como Nagôs, dominando social e religiosamente seus companheiros de infortúnio vindos de outras nações.
Sua língua foi a mais falada entre os cativos o que resultou na supressão dos demais dialetos.
Os Iorubas possuíam como capital política "Oyó" e como religiosa "Ifé", de onde a humanidade foi criada, segundo os mitos.
Os hauçás habitavam o norte da Nigéria, parte da República do Níger e certas comunidades da África do Norte, Oeste e Equatorial.
O antigo dialeto "Kano" foi aceito como padrão.
Essa língua foi falada no Brasil, e conhecida também por malê ou muçulmi (referindo-se à religião dos muçulmanos ou maometanos).
Sua influência pode ser notada nos trajes e amuletos dos cultos afro-brasileiros.
Também não se pode esquecer de que dentre esse grupo nasceram os vários movimentos de rebeldia, como a "Revolta dos Malês".
A esse subgrupo, o estudioso Arthur Ramos, denominou-se de guineano-sudanês islamizado, ou negro-maometanos.