Nomes alternativos: Ananse, Kwaku Anansi (Akan).
Na mitologia axante, Anansi é um dos deuses mais importantes e reconhecido por sua sabedoria.
É um herói da cultura, que age em beneficio de Nyame (seu par, o Deus do Universo).
Ele pode transformar-se num camaleão.
Segundo algumas crenças, Anansi criou o sol, as estrelas e a lua.
Foi o primeiro a criar o homem, mas foi Nyame quem lhe deu a vida.
Ensinou a arte da agricultura à humanidade.
Entre os personagens míticos dos Axantes destaca-se Anansi, filho de Nyame, o deus dos céus e de Asase Ya, deusa da terra e da fertilidade.
Anansi, conhecido também como "a Aranha", é um intermediário entre Nyame e os seres vivos.
É o responsável trazer a chuva e de controlar as margens dos oceanos e rios durante as inundações.
Anansi é considerado ás vezes como o criador do sol, da lua e das estrelas, aquele que instituiu a sucessão do dia com a noite.
Seu caráter astuto, habilidoso e controlador de todo tipo de truques e armadilhas o torna um dos personagens mais populares da mitologia axante.
Ele se fez nomear como o primeiro rei da humanidade e tentou casar-se com a filha de Nyame, por quem foi rechaçado.
Considerado o criador do mundo, mistificador da mitologia do oeste africano, respeitado pela sua rara inteligência, possui muitos nomes entre eles: Anansi ou Anansê.
As façanhas deste personagem criaram contos populares na África Ocidental, que alcançaram às Antilhas, o Haiti e à América do Sul.
Anansi engana outros animais e os homens (pode tomar qualquer forma), mas seu maior trunfo é o seu profundo conhecimento psicológico de suas vítimas.
Algumas histórias de Anansi:
Existe uma história africana contada por muitos griots sobre um ancião e um baú, chama-se Baú de Anansi (aranha).
Um dia, um herói, temendo pelo futuro de sua tribo, decide partir em uma aventura que prometia tesouros inimagináveis;
teceu uma longa trama do chão ao céu e foi ter no castelo de um gigante de voz tonitruante e comportamento ardiloso, que lhe conferiu três trabalhos que testassem resistência, inteligência e honra.
Como todo herói que se preza, Anansi veio a vencer cada uma das provas que lhe foram demandadas, retornando ao palácio para receber seu prêmio de direito.
Muito espantado, o gigante não acreditava que um velho, enfraquecido por agruras de uma vida miserável, pudesse ter-se saído tão bem nas provações em que outros tantos tombaram.
Por isso mesmo, após a estupefação inicial, decidiu entregar-lhe seu maior tesouro - um baú -, recomendando-lhe apenas que só o abrisse quando chegasse ao centro da aldeia.
Anansi, apesar da curiosidade e imaginando todos os possíveis tesouros que ali estariam, desceu pela trama, alcançando sua aldeia.
Qual seu espanto, quando, ao abrir a tampa, pularam de lá as mais lindas histórias, que saíram correndo e se espalharam pelos quatro cantos do mundo.
Outra lenda africana também conta um caso interessante, que no mundo antigo não havia histórias.
E por isso viver aqui era muito triste.
Um homem chamado Ananse, conhecido por saber fazer belas teias, descobriu que no céu o deus todo poderoso do universo guardava uma caixinha cheia de histórias.
Teceu uma teia até o céu e subiu por ela, pedindo a caixinha para que pudesse contar as histórias para a humanidade.
O deus fez um desafio a Ananse para que pudesse lhe dar a caixa.
Desafio cumprido, Ananse trouxe a caixinha para a terra, através de suas teias, mas ao chegar à terra, ao abrir a caixa, as histórias fugiram e se espalharam pelo mundo.
Há muito tempo, quando não existiam histórias para contar - pois o deus do céu guardava todas elas em um baú de madeira -, a primeira aranha, Kwaku Anansi, percorria o mundo em sua teia sólida.
Como vários outros, ela morria de vontade de conhecer essas histórias para desvendar a origem e o fim das coisas.
Um dia Anansi resolve pedir permissão ao deus do céu, Nyame, para ter acesso a elas.
Nyame desafia a aranha a trazer quatro criaturas inatingíveis - Onini, o píton que engole um homem de uma só vez; Osebo, o leopardo que tem dentes como sabres;
Mmoboro, o enxame de zangões que pululam e picam; e Mmoatia, a fada que nunca se vê.
Antes de ir atrás de cada um dos seres assustadores, Anansi pede ajuda à sua mulher, Aso, que sempre lhe diz exatamente o que fazer para capturá-los.
Seguindo os conselhos de Aso, a aranha consegue vencer o desafio de Nyame, que, surpreendido, determina que, a partir daquele dia e até o final dos tempos, as histórias do deus do céu pertenceriam à aranha.
Os Axantes fazem pedidos a Anansi para que ele traga a chuva para parar os incêndios na floresta e que também tome conta das inundações.
Foi Anansi quem ensinou o homem a semear o grão e cultivar os campos.
Em muitas regiões da África Anansi é considerado o criador do mundo e dos homens (mitologia africana)
Simbolismo da aranha
Algumas vezes a aranha é um animal que representa a alma.
Na Sibéria ela é a alma liberta.
Para os muícas da Colômbia, a aranha, em um barco feito de teia, transporta através dos rios das almas os defuntos que devem ir para o Inferno.
Entre os astecas ela simboliza o deus dos Infernos.
Para os montanheses do Vietnã do Sul, a aranha também é uma forma da alma, que escapa do corpo durante o sono.