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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Festival Cultural de Abuja – Nigéria

O Festival Cultural de Abuja conhecido como "Carnaval de Abujá" é recente.
Esse evento que começa em Novembro celebra a diversidade cultural nigeriana.
É um Durbar, desfile com cavalos, reis, chefes tribais apresentando os aspectos religiosos da cultura do pais.
A duração do festival é de cinco dias, desfile de abertura, até a festa propriamente dita, que se realiza dentro de uma arena com uma belíssima vista com montanhas no horizonte.

O  Durbar

O Durbar acontece no apogeu dos festivais islâmicos de Eid ul-Fitr e Eid ul-Adha e se destina a honrar o Emir e os chefes que se encontram de visita.
Ainda que a atração principal do Durbar seja a tradicional demonstração de equitação, a música de tambores (destacando o djembé), os trompetistas e cantores de louvor constituem partes importantes dessa celebração.
O festival de Durbar teve seu inicio por volta de um século antes que os Emirados do Norte (estados) utilizassem cavalos na guerra.
Naquela época, cada cidade, distrito ou família nobre deveria colaborar com o regimento militar para a segurança do Emirado.
Uma ou duas vezes ao ano os lideres militares convidam os vários regimentos para um Durbar (parada militar) em honra do Emir (rei) e seus oficiais.
Nessa parada os regimentos apresentam sua habilidade na equitação, seu preparo militar e sua lealdade ao Emir.
O festival começa com diversos grupos que atravessam em galope a praça e aproximando-se do Emir, numa parada súbita para saudá-lo com suas espadas erguidas.
Os últimos a entrar são os notáveis cavaleiros da família e da guarda pessoal do Emir, os Drogari.
Depois das comemorações o Emir e seus oficiais retiram-se para o palácio onde a festa continua com musica, danças e bandas Fulani tocando o Shadi.
Antigamente o Durbar era a recepção oficial organizada para príncipes e para o vice-rei da Índia.
Em Gana, esse ato protocolar, trazido pelos ingleses, foi adaptado às tradições das tribos locais.
A recepção, chamada de Durbar, simboliza o afeto, o respeito e a admiração do clã ao homenageado.
O rei (ou chefe) de um clã faz-se acompanhar por todo o seu séquito, incluindo os subchefes, chefes de família, linguistas (mensageiros), rainha-mãe, princesas, capitães, percussionistas, bailarinas, etc.
As togas tradicionais, os colares e as pulseiras, usados na ocasião, indicam a posição hierárquica de cada um.
Alguns rituais são partes fundamentais de um Durbar:
Os cumprimentos (primeiro por parte dos visitantes, depois por parte dos anfitriões).
A cerimônia de libação para invocar a presença e homenagear os deuses e os antepassados.
A distribuição de bebidas para os visitantes, que muitas vezes vem a pé e chegam sedentos.
Os interlúdios de percussão e dança para aguçar os presentes ao próximo passo do Durbar.
Os votos de boas vindas do chefe do clã e a consequente resposta dos visitantes, anunciando o propósito de sua presença naquele local; a troca de presentes como forma de atar laços entre duas instituições amigas.
O Durbar segue basicamente todos esses passos.
Esses festivais possuem uma programação fixa e podem durar várias horas, estendendo-se noite adentro, com interlúdios longos para danças e conversas entre anfitriões e hóspedes.