quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O Império de Oyó

Oyó foi um Império Africano que prosperou em meados do ultimo milênio, com sua capital em Oyo Ilê, (conhecida por Katunga ou Antiga Oyo).
De acordo com a tradição oral, Oyó originou-se de um grande herói ancestral ioruba, Oduduwa, que veio do leste para estabelecer-se em Ile-Ife, e cujo filho tornou-se o primeiro Alaafin, governante de Oyó. 
As evidências linguísticas sugerem que houveram duas ondas de imigrantes no território ioruba, entre os anos 700 e 1000 DC.
A segunda leva instalou-se em Oyó na savana ao norte da floresta da Guiné.
Esse estado tornou-se proeminente entre os demais estados iorubas, devido a sua situação estratégica favorável ao comercio, seus recursos naturais e a industriosidade de seus habitantes.
No principio do século XVI Oyó ainda era um estado pequeno, e sem poder diante dos povos vizinhos Borgu e Nupe, pelos quais foi conquistado em 1550.
Durante o reinado do Alaafin Eguguojo no sec. 16, a capital mudou de Oyó Ile para Oyó Igboho (Nova Oyó), como resultado de uma longa batalha com o Nupes e por causa de guerras internas. 
Antes disso seu avô já havia experimentado o auto exilio para escapar da fúria dos seus oficiais palacianos.
O poder de Oyó foi aumentando no final do século 16, graças ao Alaafin Orompoto, que usou os recursos provenientes do comercio, para criar uma cavalaria militar, e manter esse exercito treinado.
Alcançou sua proeminência devido ao comércio e sua poderosa cavalaria, tornando-se o Império de Oyó.
Tornou-se o mais importante Estado ioruba, em meados do Século XVII e final do Século XVIII, evoluindo de cidade-estado para império. 
Chegou a dominar os Estados iorubas mais fracos, e também o reino fon do Daomé, localizado no que é hoje a república do Benin.
Oyó subjugou o reino do Daomé a oeste em duas etapas, (1724–30, 1738–48), e negociou com os comerciantes europeus estabelecidos na costa, através do porto Ajase (Porto Novo).
Conforme Oyó enriquecia, seus lideres começaram a se desentender.
Alguns desejavam acumular a riqueza, enquanto os outros queriam aplica-la na expansão territorial.
Essa diferença só veio a ser resolvida quando o seu sucessor, Alaafin Abiodun (reinou de1770–89 DC.) conquistou seus oponentes numa amarga guerra civil e instituiu uma politica de desenvolvimento econômico, baseada no comercio com os mercadores europeus.
A obsessão de Abiodun pela politica econômica em detrimento do resto enfraqueceu o seu exercito, e com isso os meios que dispunham para manter o controle do governo central.
Seu sucessor, o Alaafin Awole, herdou as revoltas locais, uma administração tenuamente mantida apenas por um sistema complexo de serviços publicos e o declínio do poder dos chefes tributários.
O declínio foi exacerbado por disputas entre o Alaafin e seus conselheiros, que continuaram através do século 18 ate o 19, quando Oyó começou a perder o controle de suas rotas de comercio na costa.
Em 1796 Afonjá, o Aare Ona Kakanfo (chefe supremo das forças armadas) comanda uma revolta em Ilorin contra Awole, o Àláàfin (rei) de Oyó.
Esta revolta, que levou à separação de Ilorin do reino de Oyó, marcou o começo da desintegração do Império. 
Seguindo o exemplo, outros Estados vassalos começaram revoltar-se. 
No ano de 1830 a cidade de Nova Oyó foi declarada a sede do Alaafin (líder politico do povo Ioruba), pelo Alaafin Atiba.
Em meados do século 19, Nova Oyó se se aliou a Ibadan, para lutar contra as guerras civis.
A estas lutas seguiu-se a invasão das forças daomeanas em 1887.
Visando garantir a adesão dos hauçás e fulanis do norte, Afonjá recorreu à ajuda de Alim al-Salih, um muçulmano.
A estratégia não funcionou, levando eventualmente à destruição de Oyó Ilê pelos fulani em 1835, e consequentemente, a extinção do Império de Oyó.
Oyó acabou sendo invadida pelo povo Fon do Daomé, e em logo apos 1800 foi capturado por militantes muçulmanos, os Fulanis do império Hauçá a nordeste.
A antiga capital do império de Oyó foi completamente arrasada pelos conquistadores fulanis.


O parque nacional de Oyó Ile


O parque contém as ruinas da cidade de Oyó, capital do império dos iorubas e totalmente destruída no século 18 pelos guerreiros Ilorin e os Fulani/Hauçá. na tentativa frustrada do Alaafin combater seus chefes aliando-se aos Fulani, muçulmanos.
As duas construções mais importantes em Oyó Ile eram o palácio do Alaafin e o mercado.
O palácio ficava no centro da cidade perto do mercado real conhecido por Oja-oba, ostentando o poderio do rei de Oyó.
Ao redor da capital havia uma muralha de taipa para a defesa, com dezessete portões.