As suas corporações utilizam bandeiras para expressar o seu poder diante da inferioridade de seus adversários.
As bandeiras constituem uma das raras demonstrações da arte figurativa bidimensional na África.
Nelas misturam-se influências europeias portuguesas, inglesas e holandesas vigentes desde o final do século XVIII.
O fascínio e o interesse dos Fantes pelas cerimonias, hierarquias e pelas bandeiras europeias forjou essa arte, numa demonstração que a criação baseia-se no modelo, e de que cultura gera cultura.
As bandeiras contam histórias, recriando provérbios africanos traduzidos nas imagens bordadas.
Falam de sua valentia, sabedoria e procuram ridicularizar, insultar e diminuir os inimigos.
Os animais simbolizam as metáforas, as qualidades associadas as relações humanas.
O galo simboliza o orgulho, o antílope a humildade, e o gato o roubo.
A bandeira britânica esteve sempre presente no canto superior esquerdo dessas bandeiras.
Com a independência de Gana, foi substituída pelo pavilhão nacional.
Eis alguns provérbios contidos nas imagens:
Um garoto puxa o pescoço de um leão enorme.
O menino não conhece a força do leão, ao contrário não puxaria seu pescoço.
Os inimigos são crianças, aos quais indicamos nossa força.
Um leopardo devora um homem.
Se atirares num leopardo e não mata-lo, teria sido melhor se tivesse conseguido.
Uns macacos saltam de uma árvore, mas calculam mal a distancia e caem.
O macaco só salta onde pode alcançar.
Os inimigos devem medir suas forças para não se equivocarem.
