Arte africana contemporânea
Nasceu em 1925 em Androka, Mahafaly no Madagascar.
O seu trabalho no Sul de Madagascar, está enraizado na
cultura Mahafaly dos seus antepassados. As origens da arte e ritos funerários
da sociedade Mahafaly datam do início do século XVI, quando os clãs Maroserana
se estabeleceram na região Mahafaly.
A sua arte tradicional - os postes funerários, chamados de
aloalos, que servem como marcadores de sepulturas - é considerada a mais nobre
da ilha e é transmitida de pais para filhos desde o tempo de Soroboka.
Os Aloalos são colocados em forma de quadrado à volta do
retângulo de pedras que forma a estrutura do túmulo. Representam memórias dos
defuntos a quem são dedicados.
Efiaimbelo honra e estende o uso dos aloalos. Foi um dos
primeiros escultores a esculpir aloalos com intenção decorativa apenas.
Introduziu as tintas acrílicas e uma nova iconografia, seus
postes de madeira (Mendorave), tem cerca de dois metros de altura.
Dependendo das diferentes interpretações dos mitos e lendas
Mahafalaly, vários significados são conferidos aos motivos convencionais que
decoram o suporte assim como às figuras do topo.
A parte inferior pode ser descrita como uma sucessão de
'oitos' empilhados. O oito é número da abundância e o símbolo da lua-cheia. No
topo do 'poste', uma cena representativa, normalmente o 'zebu' e o seu pastor.
O 'zebu', gado-de-bossa, é um símbolo de riqueza, uma criança representa
prosperidade, etc.
Como resultado da ligação ao ocidente - o ocidental - Avisoa
(o Bem-vindo) é acolhido pelo Soroboka no seu clã Temaromainte.
Efiaimbelo modificou a iconografia incluindo, ladrões de
gado, condutores de taxi, lutadores, aviões, motos, lendas e histórias
fantásticas, etc. Os Aloalos honram os mortos mas também os vivos. Através da
sua sofisticação e imaginação, Efiaimbelo continuou a desenvolver esta arte
vital.