Uma figura-chave da vida tribal africana é a pessoa encarregada de restabelecer a plenitude e a salvação.
É o Nganga, o curandeiro-médico tradicional.
O título Nganga é usado para designar primeiramente o sacerdote, tanto nas religiões tradicionais bantos como no catolicismo africano.
E a palavra Nganga também pode ser traduzida por químico, mago, profeta e vidente.
Qualquer que seja seu nome, o importante é o caráter holístico de sua cura, isto é, esses curandeiros tratam da pessoa em sua totalidade, matéria e espírito.
Buscam detectar tanto as prováveis causas espirituais quanto as de sofrimento físico além de buscarem alívio para as tensões na comunidade.
Uma vez diagnosticada a doença, o nganga receita remédios de toda sorte, desde sacrifícios até danças rituais pelo restabelecimento das relações sociais.
Os sacerdotes ou Zinganga lideram as religiões Bakongo, praticadas em comunidades chamadas Ngoma.
São eles quem iniciam os devotos, e ensinam os segredos da tradição.
A moral é um componente importante desse treinamento.
Entre os Quimbundos de Angola, uma Ngoma (comunidade) é chamada de Umbanda.
E o adivinho é conhecido por Quimbanda.
São os Nganga que resolvem as discussões entre as pessoas de uma comunidade, e são frequentemente consultados para opinar.
Eles invocam a ajuda dos ancestrais através de suas representações materiais.
Uma vez tomada a decisão sobre alguma disputa, o Nganga fricciona um prego nas mãos do consultante e martela na imagem do Nkisi, para selar o acordo.
Enquanto isso os consultantes repetem um juramento.
O nganga também é o curandeiro-médico tradicional.
A palavra "nganga" pode ser traduzida por sacerdote, químico, mago, profeta e vidente.
Qualquer nome que se use, o importante na cura africana é seu caráter holístico, isto é, leva-se em conta a totalidade da pessoa, matéria e espírito.
Busca-se tanto detectar as prováveis causas espirituais quanto sociais do sofrimento físico ou das tensões na comunidade.
Uma vez diagnosticada a doença, o nganga receita remédios que vão desde sacrifícios até danças pelo restabelecimento das relações sociais.
Essas praticas tiveram grande influência no Brasil, principalmente na região sul.
As tradições de Angola predominaram claramente no Brasil.
Os residentes dos quilombos referiam-se a Palmares como Angola Janga, a pequena Angola.
O ki-lombo, era uma sociedade na qual qualquer cativo fugido podia pertencer, por meio do treinamento e iniciação.
Uma instituição designada para a guerra, que podia incorporar grande número de estranhos, desprovidos de ancestrais comuns a um culto guerreiro.
O Nganga A Zumba, era uma figura fundamental no ki-lombo.
Um sacerdote cuja responsabilidade era tratar com o espírito dos mortos.
O Ganga Zumba de Palmares era provavelmente o detentor desse cargo.
