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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O Santuário Axante de Ejisu Besease – Gana

Ejisu é um pequeno povoado no cruzamento de duas estradas ha uns 15 quilômetros de Kumasi, no coração de Gana.
Kumasi a segunda cidade do pais e capital da terra axante está longe do mar, no meio de uma paisagem de colinas ondulantes e planícies férteis, com povoados que mantém uma cultura própria baseada em instituições e costumes centenários.
Espalhados nesta região, ha uma dezena de Abosomfie, santuários tradicionais onde se cultuam os espíritos intermediários entre os homens e Nyame, o deus supremo.
Estes templos são construções modestas erguidas na maioria no século XIX, mantendo, porém sua importância espiritual.
São os raros exemplos que se conservam da arquitetura tradicional axante.
A UNESCO os considera Patrimônio da Humanidade.
O de Besease é o único que está restaurado e que permanece funcionando como santuário, além de ser um museu.
É um testemunho das construções que existiam antes da chegada dos ingleses.
As descrições dos viajantes dos séculos XVIII e XIX apontam Kumasi como uma cidade construída inteiramente nesse estilo arquitetônico, com paredes de adobe pintadas de cores de terra com uma larga faixa pintada de branco na parte superior, e com telhado de inclinado recoberto de folhas de palmeira.
Nada disso restou em Kumasi, uma cidade de mais de um milhão de habitantes com intermináveis congestionamentos de automóveis.
Porém os axantes ainda mantêm no quintal suas casas, uma árvore de Deus, um tronco de um metro de altura.
Esse tronco tem uma forquilha de três galhos que servem para sustentar uma cabaça para as oferendas de vinho ou comida.
Este gesto é uma libação para Nyame, a divindade suprema, que se manifesta em outros deuses cujos santuários são construídos nos pátios dos templos.
O Ser Supremo afastou-se dos homens e para chegar até ele é preciso aproximar-se dos deuses menores em seus santuários.