Os portugueses adotaram o nome do Rei (Ngola) do povo de Mbundo como nome do reino e logo depois o fizeram extensivo a todo o território conquistadoÉ um dos maiores grupos étnicos de Angola e ocupam a província de Luanda.
Quando Portugal se interessou pelo Reino de Ndongo como uma fonte de escravos, existiam dois reinos Mbundu no interior: Matamba e Kasanje que prosperaram graças a este comercio.
Conhece-se pouco da história dos Matamba antes do século 17.
Sabe-se que em 1621, Nzinga (conhecida por Jinga entre os portugueses, irmã de um ngola kiluanje), conseguiu que os portugueses reconhecessem o reino Ndongo como uma monarquia independente e ajudaram a expulsar os lmbangala do seu território.
Três anos depois, segundo algumas fontes, Nzinga envenenou o seu irmão e colocou-se como chefe do reino.
As suas relações com os portugueses deterioraram-se e teve de abandonar o território.
Nzinga, junto com alguns partidários, mudou-se para Este e fez alianças com vários outros grupos, até que finalmente ascendeu ao trono do Reino de Matamba.
Manteve boas relações com os holandeses durante a sua ocupação daquela zona entre 1641 e 1648 e tentou conquistar Ndongo.
Depois da expulsão dos holandeses, aliou-se de novo aos portugueses e continuou a governar até 1663.
Apesar das suas relações com os europeus, passou à posteridade como uma líder angolana que nunca aceitou a soberania portuguesa.
Depois da morte de Nzinga, o novo governante tentou reduzir a influência portuguesa.
Seguindo a sua experiência anterior com o reino Ndongo, os portugueses aproveitaram-se de intrigas dentro do reino para apoiar um candidato ao trono favorável aos seus interesses: Kanini.
Kanini cobiçava o reino vizinho de Kasanje, povoado por povos Mbundu, mas governado pelos lmbangala, para ampliar a sua força no comércio de escravos.
Uma vez consolidado o seu poder, em 1680 Kanini atacou Kasanje com sucesso, num momento em que este reino passava por uma crise de sucessão ao trono.
Este aumento de poder de Kanini ameaçava os interesses dos portugueses, pelo que estes tentaram submetê-lo à sua direção política.
Kanini derrotou uma expedição militar portuguesa que foi enviada contra si, mas morreu pouco tempo depois.
Em 1683 Portugal negociou com a nova rainha de Matamba para deter a expansão do reino Kasanje, conquistar o seu território e conseguir para Portugal a exclusividade do comércio de escravos.
A agricultura á a fonte fundamental de recursos deste povo.
Sendo esta, a etnia angolana que mais séculos manteve relações estreitas com os colonizadores portugueses, é também a que tem mais influência europeia.
Há mais de quatro séculos que o povo Mbundo adotou o catolicismo como a sua religião e acontece que, atualmente, a maioria dos sacerdotes de Angola pertencer a este grupo étnico.
O quimbundo (em quimbundo mbundu) é uma das línguas bantas mais faladas em Angola, no noroeste desse país, incluindo a província de Luanda.
O português tem muitos empréstimos lexicais desta língua obtidos quer em Angola quer no Brasil. É falada por cerca de três milhões de pessoas em Angola, como primeira ou segunda língua.
É também conhecida como mbundu, loanda, luanda, lunda, loande, mbundu do norte, nbundu, n'bundo e kindongo.
Ginga, Bambeiro, Ambaquista e Ngola são os dialetos principais da língua quimbundo.
