Os ceramistas africanos, principalmente
as mulheres, tem expressado sua criatividade ao longo da história de formas
muito diferentes. As tigelas e pratos de argila feitas para servir comunidades
inteiras, frequentemente tornavam-se arte mesmo sem dispor dos avanços
tecnológicos tais como massa plástica para enchimento ou ferramentas de
texturização de que muitos um oleiro do ocidente gozam. Sua arte contém tanto
funcionalidade para o dia a dia e, quanto formas decorativas, compromisso
permanente ao espírito criativo.
Se pudéssemos propor um comportamento ético quanto
ao trabalho desses artesãos seria o de resguardá-lo dentro da costumeira
tradição. Manter as suas ferramentas mais básicas para criar uma arte que
inspira admiração. Não se deixar impressionar pelos fornos Kiln, pelos
acabamentos cristalizados à base de chumbo e os tornos. Os ceramistas do mundo
inteiro iriam se impressionar por essa compreensão elementar inusitada do barro
colhido no local. Todo um comportamento de respeito às tradições no qual a
venda de seus utensílios continuaria a ajudar na renda familiar e mantendo as funções
básicas desses objetos dentro da vida tribal como a de transportar água e o uso
destes para o armazenamento de alimentos.
Na cerâmica tradicional africana não iremos encontrar vitrificados, mas existem algumas características que valem a pena ser anotadas para aqueles que desejam incorporar em suas próprias criações a inspiração na cerâmica africana. Este estilo de cerâmica é tipicamente feito à mão, sem lustro, com bases redondas e com acabamento queimado no gargalo dos potes. Os utensílios com base redonda possuem melhor apoio e adaptando-se à irregularidade dos pisos irregulares típicos das construções tradicionais. Devido à queima do gargalo os potes tornam-se mais firmes podendo ser apoiados em forquilhas e dependurados nas paredes. O conteúdo dentro dessas cerâmicas mantem-se mais fresco devido ao acabamento rústico da superfície, ajudando a preservar melhor os produtos perecíveis.
De maneira geral as ceramistas africanas começam suas criações a partir de um buraco escavado na terra. Daí prosseguem o trabalho modelando em torno do buraco, aprimorando e adicionando barro, dando forma e suavizando, até ver o pote surgir. A decoração virá em seguida, variando nos temas conforme a cultura, que acabam refletindo tanto o artista quanto a comunidade.
Na cerâmica tradicional africana não iremos encontrar vitrificados, mas existem algumas características que valem a pena ser anotadas para aqueles que desejam incorporar em suas próprias criações a inspiração na cerâmica africana. Este estilo de cerâmica é tipicamente feito à mão, sem lustro, com bases redondas e com acabamento queimado no gargalo dos potes. Os utensílios com base redonda possuem melhor apoio e adaptando-se à irregularidade dos pisos irregulares típicos das construções tradicionais. Devido à queima do gargalo os potes tornam-se mais firmes podendo ser apoiados em forquilhas e dependurados nas paredes. O conteúdo dentro dessas cerâmicas mantem-se mais fresco devido ao acabamento rústico da superfície, ajudando a preservar melhor os produtos perecíveis.
De maneira geral as ceramistas africanas começam suas criações a partir de um buraco escavado na terra. Daí prosseguem o trabalho modelando em torno do buraco, aprimorando e adicionando barro, dando forma e suavizando, até ver o pote surgir. A decoração virá em seguida, variando nos temas conforme a cultura, que acabam refletindo tanto o artista quanto a comunidade.
Tradicional e contemporâneo
A cerâmica africana em grande parte chegou
à atenção pública através de um punhado de publicações desenvolvida em conjunto
com as grandes exposições que representam as importantes visões gerais diante deste campo
de coleção.
Eles registram o crescente interesse nos
vasos como objetos de arte da década de 70 até os dias de hoje, bem como a
quantidade decrescente de informação documental que os acompanha.
É claro que o mercado de cerâmica africana
atual está ultrapassando a academia. Em
partes da África onde recipientes cerâmicos estão presentes alguns constituem
claramente o foco da elaboração artística, tanto servindo como objetos utilitários,
quanto pela beleza de seus utensílios domésticos, ou por trazer consigo um
conteúdo simbólico de importância para a identidade social, status econômico, político,
prática ritual e crença. Seu estudo revela a habilidade e a invenção de seus artesãos,
que são frequentemente mulheres.
E ainda assim a cerâmica continua a
estar representada insuficientemente ou inadequadamente: os grupos minoritários
estão sub-representados sendo ignorados pelos governos. Na literatura histórica
e de arte africanista proporcionalmente à sua importância como uma forma expressiva
de cultura, lacunas significativas permanecem em nosso conhecimento e
compreensão das tradições cerâmicas históricas e contemporâneas por toda a
África.
O sucesso da cerâmica tradicional parece estar intrinsecamente ligado aos europeus; quer como interpretes ou líderes de negócios por um lado e compradores do outro. Esta relação simbiótica tem a desvantagem de fazer com que os melhores objetos acabem no exterior. No entanto, o benefício é o aumento do interesse e o comércio dos artefatos de cerâmica – até mesmo através do setor do turismo – permitindo que os ceramistas desenvolvam e aperfeiçoem a sua prática e consigam manter mais pessoas dentro das comunidades aprendendo o ofício, e garantindo ironicamente a sua sobrevivência como uma tradição.
Atualmente esta dinâmica entre europeus e africanos acaba estimulando uma atitude diferente em relação ao acabamento das peças e o compromisso de dominar a técnica e as formas tradicionais da cerâmica africana para desenvolver sua própria estética. A visão contemporânea é a de valorizar e dominar as formas e os padrões tradicionais africanos manifestados no campo da cerâmica. Há uma forma tradicional africana que é exclusiva da África e, por tanto, deve ser valorizada e utilizada para criar obras com características próprias e não aquelas que tentam copiar os ideais de outras culturas.
O sucesso da cerâmica tradicional parece estar intrinsecamente ligado aos europeus; quer como interpretes ou líderes de negócios por um lado e compradores do outro. Esta relação simbiótica tem a desvantagem de fazer com que os melhores objetos acabem no exterior. No entanto, o benefício é o aumento do interesse e o comércio dos artefatos de cerâmica – até mesmo através do setor do turismo – permitindo que os ceramistas desenvolvam e aperfeiçoem a sua prática e consigam manter mais pessoas dentro das comunidades aprendendo o ofício, e garantindo ironicamente a sua sobrevivência como uma tradição.
Atualmente esta dinâmica entre europeus e africanos acaba estimulando uma atitude diferente em relação ao acabamento das peças e o compromisso de dominar a técnica e as formas tradicionais da cerâmica africana para desenvolver sua própria estética. A visão contemporânea é a de valorizar e dominar as formas e os padrões tradicionais africanos manifestados no campo da cerâmica. Há uma forma tradicional africana que é exclusiva da África e, por tanto, deve ser valorizada e utilizada para criar obras com características próprias e não aquelas que tentam copiar os ideais de outras culturas.