Organização Militar
Ao mencionarmos anteriormente o numero de homens nos exércitos de Gana e Songhai, mostramos apenas o tamanho
das forças imperiais. Faz-se necessário analisar a estrutura desses exércitos,
seus componentes, armas, estratégias, e ainda suas táticas.
Guarda Real
O rei ficava rodeado por um grande corpo de guardas no qual
os filhos dos príncipes vassalos serviam lado a lado com outros membros da
nobreza.
Neste exercito, em que prevalecia uma mentalidade senhorial
e aristocrática, o papel do griot, contador de histórias, assumia seu pleno
significado sociológico. Através de seus cantares, que eram relatos vivos da
história geral do país e de suas famílias às quais ele se dirigia, ele ajudava
e estimulava os indecisos e temerosos a agirem bravamente como heróis, e a
operarem milagres. Sua contribuição para a vitória era muito importante: pois
sua bravura e temeridade estavam fora de questão, visto que ele se expunha aos
perigos juntamente com os heróis a quem ele celebrava. Mesmo durante o calor da
batalha estimulava os guerreiros com suas exortações. Os griots não eram seres supérfluos,
sua utilidade era óbvia, possuíam uma função social "Homérica" para
preencher. Por conseguinte a divisão de trabalho valia em todos os níveis da
sociedade. Com a conquista europeia, a função do griot foi sendo ofuscada,
porém é impossível negar a sua importância na mentalidade dos exércitos da África
pré-colonial. De certa maneira ele detinha o destino dos príncipes em suas
mãos.
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