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quinta-feira, 24 de abril de 2014

O fim do Estado Independente do Congo – Pagina 2 - A colonização belga - As Colônias Africanas

A colonização belga - As Colônias Africanas

Finalmente surgiram os ataques mais significativos.
Chegaram por parte do escrivão de um importante escritório de navegação de Liverpool e jornalista parte do expediente. Ele começou a desconfiar das grandes cargas de munições em nome da Force Publique que retornava para o Congo em troca da borracha
Ele largou seu emprego para tornar-se um jornalista investigativo e em seguida um editor com a ajuda de mercadores que queriam quebrar o monopólio de Leopoldo ou no caso do milionário do chocolate, William Cadbury, um filantropo.
O livro de Joseph Conrad Heart of Darkness (Coração das Trevas) foi publicado em 1902.
Baseado na sua curta experiência como capitão de um navio a vapor no Congo, dez anos antes, seu romance continha as preocupações crescentes sobre aquilo que estava acontecendo naquele país.
Em 1903, Morel e aqueles que concordavam com suas ideias, na House of Commons, Câmara dos Comuns, conseguiu aprovar uma resolução para o governo britânico instaurar uma investigação sobre as violações do acordo de Berlim.
O cônsul britânico de Boma, ao norte do Congo, Roger Casement, entregou um grande relatório com seu testemunho que foi publicado em 1904.
A Associação britânica para a Reforma do Congo, fundada por Morel com o apoio de Casement exigiu providências.
Outras nações europeias e os Estados Unidos seguiram o exemplo.
O parlamento britânico convocou uma reunião das 14 potencias que assinaram para rever o acordo de Berlim de 1885.
O parlamento belga, impulsionado pelo crítico da política de Leopoldo no Congo, Emile Vandervelde e outros mais, estabeleceu uma comissão particular para investigação, e apesar dos esforços do rei, acabou por confirmar o relatório de Casement.
Os assassinatos em massa no Estado Independente do Congo tornaram-se o assunto do dia nos últimos anos do século 19 e uma grande vergonha não apenas para o rei, mas para a Bélgica, que se retratava como progressista e atenta aos direitos humanos.
O Movimento Reformista do Congo que incluía entre seus membros Mark Twain, Joseph Conrad, Booker T. Washington, e o jovem Bertrand Russell, conduziram um vigoroso movimento contra os maus tratos da população congolesa.
Leopoldo propôs reformular o seu regime, mas poucos o levaram a sério.
Todas as nações concordavam que o governo do rei devia ser extinto o mais rápido possível, mas nenhuma delas estava querendo assumir essa responsabilidade.
Nenhuma nação imperialista pensava em devolver o controle das terras à população do Congo. A Bélgica era o óbvio candidato europeu para governar o Congo, mas os belgas permaneciam indispostos.
Por dois anos a Bélgica debateu essa questão até convocar eleições para tomar uma decisão.
O parlamento da Bélgica anexou o Estado Independente do Congo e assumiu a administração a 15 de Novembro de 1908, quatro anos após o relatório Casement e seis anos após a primeira edição de Heart of Darkness.
Todavia o escrutínio internacional não foi a maior perda para Leopoldo e as companhias concessionárias do Congo Belga.
Nesse meio tempo o sudoeste asiático e a América Latina já haviam se tornado os produtores de borracha com menor custo. Além dos efeitos do decréscimo de recursos no Congo, os preços internacionais haviam caído para um nível que tornou sem lucratividade a extração de borracha do Congo.
O estado assumiu o domínio privado de Leopoldo e socorreu a companhia, mas a expansão da borracha já havia cessado.

A Ordem da Coroa

A Ordem da Coroa criada em 1897 sob a autoridade de Leopoldo II, ainda existe.
É uma condecoração que exalta os atos heroicos e as conquistas pelos serviços prestados durante a existência do Estado Independente do Congo. Essa ordem tornou-se uma instituição após a abolição da nação belga após a abolição do referido Estado. 

Fonte consultada: Wikipédia
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