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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

O fotógrafo senegalês Mama Casset

O fotógrafo senegalês Mama Casset faz parte, junto com Seydou Keyta do Mali e Cornelius Augustt Azaglo da Costa do Marfim, de uma geração de fotógrafos africanos que deu inicio a um período glorioso de retrato de estúdio, um gênero muito em voga até o final da década de 1980.
Durante a Guerra Casset serviu a força aérea francesa. Vários de seus trabalhos fotográficos foram feitos nesse período. 
Após 1945, o artista montou um estúdio em Dakar até o começo da década de 1980. 
Nessa época ocorreu um incêndio em seu estúdio, o que destruiu quase todo o seu material. 
Mama Casset retratou a aristocracia e a burguesia da cidade de Dakar. Belas mulheres retratadas como princesas e elegantes cavaleiros são os protagonistas de suas imagens a que confere um novo dinamismo devido à inclinação do corpo ou do enquadramento, que ajusta vezes com um desfoque. Seu trabalho marca a estética do retrato fotográfico e caracteriza-se por uma nova liberdade e rigor na mise en scène. 
Casset evita a decoração exótica e instala uma cortina simples como fundo, privilegiando a composição da pose e valorizando a personalidade de cada modelo.
Nascido em 1908, em Saint-Louis, viria a falecer em Dakar, onde tinha o seu estúdio, já na década de noventa. Casset iniciou a sua carreira como assistente do fotógrafo francês Oscar Lataque, passando posteriormente a trabalhar com o fotógrafo Tennequin, diretor do Departamento de Fotografia da AFO (Afrique Occidentale Française). Após a II Guerra Mundial Casset abriu o seu próprio estúdio, o African Photo, em Dakar, revelando-se o seu trabalho, em preto e branco, como fundamental para observar a evolução da sociedade senegalesa. Mama Casset continuou a fotografar até 1983, ano em que a cegueira o impediu de trabalhar, vindo a falecer em 1992. Infelizmente grande parte do seu espólio fotográfico perdeu-se, conservando-se hoje apenas algumas centenas de negativos referentes aos anos 50 a 70.