Gu é a denominação Fon do orixá Ogum, vodu da guerra, da metalurgia, da cirurgia e das escarificações.
Supõe-se que o culto de Gu tenha sido introduzido no sul do Daomé no final do século XVII por ferreiros iorubas.
Seu culto tornou-se bastante popular entre os Fons, sendo louvado nos templos de quase todos outros vodus.
O seu emblema é o gubassá, uma adaga adornada com desenhos míticos, utilizada em diversos rituais, incluindo o culto de Fa, para abrir caminho ao mundo dos espíritos.
Além desse há o gudaglô, de tamanho menor, a arma que simboliza a defesa de seu povo contra os inimigos.
Na iconografia Fon, é representado com ambos os sabres, o gubassá na mão direita e o gudaglô na esquerda.
Ele foi a divindade mais importante do Kpoli, um signo divinatório (odu), usado pelo rei Glèlè.
O enunciado desse símbolo era aba-lete, uma associação de signos geomanticos que asseguravam força moral e física, saúde e longevidade.
Os ornamentos desse sabre tem um simbolismo que evoca Abomé.
A parte circular na extremidade da lâmina próxima ao losango é a área do perigo absoluto.
O triangulo furado ao lado do gume, chama-se azan yiyi, mi do xa mi, alça de desvio, por favor, me ajude.
Essa é a suplica dos indivíduos arriscados a enfrentar o rigor de Gu.
O triangulo oposto e o losango abaixo propiciam o poder conhecido por ace, a capacidade de ter êxito numa missão.
A argola que une o sabre ao cabo é chamada de blabla na língua fon.
Sobre a cabeça das suas imagens, encontram-se armas e outros atributos que também possuem significados.
Um deles é a maneira de expressar que a cabeça será tomada pela divindade.
Ha outra interpretação que imprime o significado de poder absoluto do guerreiro, pronto para o combate, aquele que está sempre armado para qualquer eventualidade.
Gu detém consigo as armas de que necessita para proteger seus adeptos.
E finalmente a representação do Asen, altar metálico que costuma ser fincado no chão, peça que coroa a sua cabeça.