Espécie de gordura vegetal originária da África, conhecida por Karitê, que é vendida no comercio brasileiro para uso ritual nas casas-de-santo.
A Karitê (Butyrospermum parkii) da família das sapotáceas é uma árvore africana da região do sahel que cresce espontaneamente do Senegal ao Norte dos Camarões.
É famosa pela manteiga extraída de seus frutos, pelo processamento das amêndoas.
Diz-se também "banha-de-Oxalá" e "banha-de-Ori".
Assim que esta árvore, com cerca de dez metros de altura, perde as suas folhas, começa a floração.
Cinco meses mais tarde, crescem cerca de quinze quilos de frutos frescos, ou seja, 3 a 4 quilos de amêndoas secas.
A mesma denominação entretanto é dada a gordura de origem animal, extraída do carneiro.
É uma gordura branca que não tem odor nem sabor, que provem das partes internas (fígado e rins) de animais abatidos, conhecida por sebo.
É obtida através da fervura dessas partes, sendo filtrada e refinada.
A parte mais dura remanescente da extração do óleo de sebo é denominada óleo-estearina ou sebo-prensado, e é constituída principalmente por uma mistura de glicerídeos dos ácidos esteárico e palmítico (triestearina e tripalmitina).
Apresenta-se em geral em tabletes de consistência dura e quebradiça; é inodora, insípida e de cor branca.
Vem sendo usada desde sempre para fazer velas e sabão, por ser o único substituto da cera de abelhas, ate o aparecimento de substitutos químicos, como a parafina, derivada do petróleo.
Na culinária é utilizada para a fabricação da margarina, e produzida em massa para a confeitaria.
Industrialmente é utilizada para a fabricação de sabonetes, espuma de barba, velas, batons e detergentes.
Antigamente o cabelo das crioulas baianas era besuntado com limo da Costa, frequentemente mantido curto, prática que tinha seus fundamentos em conceitos higiênicos e que, por outro lado, se afeiçoava bem ao ajustamento do torso.
Nos relatos de descendentes de escravos, usava-se essa gordura sobre o peito recobrindo-se com um pano, para curar bronquites e resfriados.
