Arquitetura na África
Esse conjunto residencial foi concebido, pelo arquiteto
marroquino Jean-François Zevaco, como parte de um esforço de reconstrução que
se seguiu ao desastroso terremoto de 1960.
São dezessete unidades térreas e compactas engenhosamente
entrelaçadas de modo a criar cinco pátios internos para cada casa além de uma
área de serviço.
Os quartos e salas desfrutam de ampla ventilação e
iluminação.
O sol do inverno penetra os espaços, e o calor do verão é
modulado pela ventilação cruzada.
O custo foi moderado devido à forma como foram concebidas e construídas.
Além de economizar espaço urbano, a construção é acessível à
classe média.
E apropriada para o uso da população muçulmana, devido ao
sentido de privacidade.
Por estas qualidades, além da beleza arquitetônica, o
projeto recebeu o premio Aga Khan de arquitetura de 1980.
Agadir
Agadir é a mais internacional e menos marroquina das cidades
turísticas do Marrocos.
De frente para o Atlântico, ao norte de onde o rio Souss
deságua no mar, é um porto e um balneário desde os anos 1930.
Mas um desastroso terremoto em fevereiro de 1960 destruiu a
cidade antiga e fez 15 mil vítimas fatais - três quartos da população.
Desde então Agadir está sendo reconstruída nos moldes do
balneário espanhol de Benidorm: grandes hotéis de frente para a praia para
atender ao grande fluxo de pacotes de turismo e largas rodovias com caros cafés
e boates no estilo europeu. Seu maior trunfo são os nove quilômetros de praias
limpas e com areia.
É também o maior porto de sardinhas do mundo e um importante
centro de cultura berbere, com atividades focadas na universidade e nos museus.
De norte a sul há quilômetros de litoral ainda intocado,
vários pontos bons para surfe e diversas oportunidades de passeios no interior.
Taroudant, ali perto, no coração do Vale do Souss, é
conhecida como a avó de Marrakech uma antiga cidade murada com prédios
cor-de-rosa, com souks (mercados) sombrios, praças empoeiradas e ruas lotadas
bem diferente de Agadir.