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quarta-feira, 7 de março de 2012

Centro histórico de Zanzibar - Stone Town - Cidade de Pedra


Arquitetura na África

O arquipélago de Zanzibar, localizado no Oceano Índico a aproximadamente 35 km da costa da Tanzânia, é formado pelas ilhas de Zanzibar e Pemba, além de várias outras pequenas ilhas.
Foi neste arquipélago que a cultura africana misturada com outras culturas, especialmente árabe, persa e indiana, formou a cultura Suaíli.
Conhecida há muitos séculos como The Spice Island, possui uma história fascinante oriundas de antigas civilizações e rota de comércio.
Devido a ser rota comercial estratégica, Zanzibar sofreu muitas conquistas e invasões, mas agora faz parte integral da República da Tanzânia. Stone Town - o centro Suaíli original de Zanzibar é muito bem preservado com ruas estreitas e pequenas lojas com estoque de maravilhosos entalhes em madeira e especiarias, principalmente a pimenta. Há edifícios históricos com portas talhadas à mão.
Zanzibar é nome dado ao conjunto de duas ilhas ao largo da costa da Tanzânia, na margem leste africana, que foram um estado semi-autônomo. As duas ilhas são chamadas Unguja (em suaíli) ou Zanzibar e Pemba.
A capital das ilhas fica em Unguja e tem igualmente o nome de Zanzibar.
A parte antiga da cidade chama-se "Cidade de Pedra" (Stone Town ou Mji Mkongwe, em kiSwahili) e é um sítio tombado pelo Patrimônio Mundial.
O nome desta ilha é um bom exemplo da arabização da costa da África oriental: o seu nome em kiSwahili é Unguja, mas os árabes chamavam-lhe Zanj-Bar, que significa costa dos Zanj ou negros.
Como este era um porto muito procurado, o lugar passou a ser conhecido na região por este nome arabizado, que mantém até hoje.
Zanzibar e Pemba albergaram provavelmente as primeiras povoações muçulmanas da costa da África oriental: em Kizimkazi, na ilha de Zanzibar, há uma inscrição numa parede que afirma que o Shaikh al-Sayis Abi Amran ordenou a construção duma mesquita naquele lugar, no primeiro dia do mês de Dhul-Qada do ano 500 (da Hégira), o que significa o dia 27 de Julho de 1107.
Por essa altura, Zanzibar importava cerâmica do golfo pérsico e rapidamente se tornaria uma base para mercadores árabes.
O primeiro europeu a visitar a ilha foi Vasco da Gama, em 1499, acabando os portugueses por estabelecerem aí um entreposto comercial e uma missão católica.
Em 1698, o sultanato de Omã tomou Zanzibar, que se tornou o entreposto comercial do oceano Índico Ocidental, vendendo escravos e marfim no mundo árabe, na Índia e através do Atlântico. Em 1841, o sultão Said Ibn (1805-1856) mudou a sua corte de Omã para Zanzibar. Em 1873, John Kirk, cônsul britânico entre 1866 e 1887, persuadiu o sultão a pôr fim ao tráfico de escravos. Entre 1890 e 1963, Zanzibar foi um protetorado britânico (exceto no período entre Novembro de 1914 e Setembro de 1918, quando foi ocupado pelos Otomanos).
Zanzibar obteve a independência e tornou-se uma monarquia constitucional em 1963, mas o sultão foi deposto numa revolução e uniu-se ao Tanganica em 1964 para formar a Tanzânia. Apesar de fazer parte da Tanzânia, Zanzibar elege o seu próprio presidente, que funciona como chefe do governo da porção insular e uma assembleia denominada "Conselho Revolucionário". O atual presidente, Amani Abeid Karume, é filho do primeiro presidente deste território, o sheik Abeid Amani Karume.