Os turbantes e túnicas usados hoje nos países árabes são
quase idênticos às vestes das tribos de beduínos que viviam na região no século
VI.
É uma roupa que suporta os dias quentes e as noites frias do
deserto.
A partir do século VII, a expansão do islamismo difundiu
esse vestuário pela Ásia e pela África, fixando algumas regras.
A religião não permite que os fiéis mostrem em público as
partes íntimas para os homens, a região entre o umbigo e o joelho; e, para as
mulheres, o corpo inteiro, exceto o rosto e as mãos.
Por esse motivo, as vestes não podem ter nenhuma
transparência nem serem justas a ponto de delinear o corpo.
Essas partes só podem ser vistas pelo cônjuge e alguns
familiares.
Dentro de casa, portanto, veste-se qualquer roupa.
Existem também normas para diferenciar a aparência feminina
da masculina.
Os homens não devem usar objetos de ouro ou seda.
THAWB
A principal peça do vestuário árabe é o thawb também
conhecido como thobe, dishdasha (dix¡dax¡ä), kandura (Kandurä) e khameez
(Qamiz).
É um traje típico da Península Arábica e dos países
vizinhos.
Consiste num roupão de manga comprida que cobre o corpo
inteiro.
Costuma ser claro e largo para refletir os raios solares,
fazer o ar circular e refrescar o corpo durante o dia.
O corte e o material variam conforme o país.
Essas peças são feitas tradicionalmente em algodão, podendo
empregar-se também outros tecidos na fabricação.
Em localidades onde o clima é mais frio usa-se a lã de
carneiro e outros tecidos mais pesados.
É um traje típico da Península Arábica e dos países
vizinhos.
A palavra Thawb ou Thobe é o nome genérico dado à roupa.
É usada especificamente para designar esse traje nos países
do Golfo.
Todavia, nos Emirados Árabes utiliza-se a palavra Kandura.
Nos países do Levante e no Iraque emprega-se o termo
dishdasha.
Quanto à padronização do comprimento tem havido alguma
polemica.
Na visão muçulmana mais ortodoxa a medida deve ser um pouco
acima do tornozelo.
O estilo varia um pouco entre as regiões do Golfo.
As mangas e o colarinho podem adquirir uma rigidez em busca
de uma aparência formal.
No Marrocos, as mangas são bem curtas como as de uma
camiseta (T-shirt) sendo conhecido regionalmente como Gandora.
Além disso, a gola tende a ser mais aberta do que na região
Saudita e frequentemente bordada como os bolsos do peito.
Não se usam botões.