OXOSSI
Do iorubá Òsóòsì , deus da caça e da fartura, está ligado à terra virgem.
Em Kétu tornou-se rei , Alákétu.
De acordo com Verger seu o culto foi praticamente extinto na região de Ketu, onde a maioria de seus sacerdotes foi escravizada ou morta , e enviada para o Novo Mundo .
Aqueles que permaneceram foram deixando de cultuá-lo , esquecendo aos poucos dos seus ritos, passando a cultuar outras divindades.
Na diáspora , seu culto foi preservado pelos sacerdotes que trouxeram consigo o conhecimento do ritual , onde transformou- se num dos orixás mais populares, tanto no candomblé quanto na santeria cubana.
O culto de Oxóssi está bastante difundido em ambos os paises.
Sua presença num barracão é muito envolvente.
Dança com movimentos de cavalgada e de caça no ritmo do aguerê.
A vestimenta evoca o caçador, com sua capanga , ofá (arco e flecha) e oges (polvarís feitos de chifres de touro).
Os oges também são chamados de olugboohun (o senhor escuta a minha voz), representam a comunicação entre o Aiyé e Orún (terra e céu)
E o Ìrùkèrè (Èrùkèrè) - cauda de touro presa num cabo é simbolo de realeza.
Mas não é apenas um emblema, é um objeto sacralizado por ritual e que detém poderes sobre os espíritos da floresta e ancestrais.
Outros deuses da caça
Além de Ogum e Oxóssi, existem outros deuses da caça entre os iorubás.
ORÈ OU ORÈLÚÉRÉ
Segundo alguns, teria sido um dos dezesseis companheiros de Odùduà na ocasião de sua chegada a Ifé. Segundo outros ele teria sido chefe dos igbô, juntamente com Orixalá, para opor uma forte resistência aos invasores.
INLÉ - ERINLE
Em Ijexá, onde passa um rio chamado Erinlè, há um deus da caça com o mesmo nome.
Seu templo principal é em Ilobu, onde dois cultos teriam se misturado : o culto do rio e o do caçador de elefantes
Ajudou , em diversas ocasiões, os habitantes de Ilobu a combaterem seus adversários.
Seu símbolo, de ferro forjado, é um pássaro fixo sobre uma haste central, circundada por dezesseis outras hastes, com passaros nas pontas .
O culto de Erinlè, realiza-se às margens de diversos lugares profundos (ibù) do rio. Cada um desses lugares recebe um nome, mas é sempre Erinlè que é adorado sob todos esses nomes. Ele recebe oferendas de acarajé, de inhames, bananas, milho, feijão assado, tudo regado com azeite de dendê. No Brasil e em cuba é conhecido com o nome de Inlé.
IBUALAMA - IBÙALÁMO
Um deses lugares profundos de Erinlè, dos quais falamos acima é chamado de Ibùalámo (Ibualama). Ele tem certa notoriedade e é objeto de um culto praticado no novo mundo, principalmente na Bahia, onde, durante as danças, ele traz nas mãos o símbolo de Oxossi, o arco e a flecha de ferro, assim como uma espécie de chicote ( bilala), com o qual ele fustiga a si mesmo.
LOGUNEDÉ - LÓGUNÈDE
Erinlè teria tido, com Oxum Ipondá, um filho chamado Lógunède (Logunedé), cujo culto se faz ainda, mas raramente em Ilexá, onde parece estar em vias de extinção. No Brasil, tanto na Bahia como no Rio de Janeiro, Logunedé tem entretanto, numerosos adeptos. Esse deus tem por particularidade, viver seis meses do ano sobre a terra, comendo caça e os outros seis meses, sob as águas de um rio, comendo peixe. Ele seria, também, alternadamentedo sexo masculino, durante seis meses, e dos sexo femininonos outros seis meses. Esse deus, segundo se conta na África, tem aversão por roupas vermelhas ou marrons. Nenhum dos seus adeptos ousaria utilizar essas cores no seu vestuário. O azul turqueza entretanto parece ter sua aprovação. É sincretizado na Bahia com São Expedito.
fonte:
Orixás
outros deuses da caça
Pierre Fatumbi Verger