Foi o ultimo governante livre do Daomé que foi e entronizado de acordo com as estruturas tradicionais de poder e considerado um grande rei.
O tubarão, o ovo e um prisioneiro enforcado (em referencia a um rebelde Nagô, praticante de magia negra de Ketu), são os seus símbolos além da vinheta com seu nome.
Behanzin Bowelle foi o rei mais poderoso dentre os monarcas do oeste africano no final do século XIX.
Era o chefe absoluto do seu reino. Um aceno de sua cabeça poderia significar a vida ou a morte de seus súditos.
Poucos tinham acesso ao rei mesmo nas situações corriqueiras. Se ele quisesse água enquanto caminhava, era preciso colocar um véu sobre seu rosto ate que terminasse de beber. Quando levavam agua para ele, os soldados se prostravam no chão em sua reverência. Ate a saliva desse rei não podia cair tocar o chão.
O seu exercito, equipado com rifles fornecidos pelos alemães, estava se tornando muito poderoso e começou a incomodar as colônias francesas. Em 1890, Behanzin derrotou a expedição francesa e fez com que a França pagasse pelo uso do porto de Cotonou.
Ele anulou o tratado feito por seu pai Glélé em 1868 com os Franceses, motivando o inicio da guerra.
Em 1894, Behanzin foi derrotado pelo coronel A.A.Dodds, um mulato senegalês, que foi enviado para lutar contra ele comandando o poderoso exercito francês.
O rei Behanzin, com pouco mais de mil homens e apenas 100 amazonas, incendiou a capital, fugindo para o Togo com alguns súditos fiéis.
Mesmo derrotado, Behanzin tornou-se o símbolo da resistência Daomeana e continuou a representar uma seria ameaça para os franceses.
Apesar de render-se 1894 ao general Dodds a redenção nacional nunca foi efetivada. Ele foi exilado na Martinica e posteriormente na Algeria onde morreu em 1906.