Hotel Old Cataract em Assuã, Egito
O melhor local de onde se observa a vista do Nilo e da ilha Elefantina é o terraço do Sofitel Old Cataract, cujo prédio é um dos marcos de sofisticação da colonização inglesa no Egito.
Foi erguido em 1899 em estilo colonial britânico e é, de longe, o mais charmoso hotel do Egito. Ali, se hospedaram o rei da Grã-Bretanha Eduardo III e Winston Churchill.
Exótico, cavernoso, enigmático, o Old Cataract parece saído diretamente de um romance de Agatha Christie e é. Morte no Nilo foi escrito numa de suas suítes, e usado como cenário tanto do livro quanto do filme.
O que faz do Old Cataract um hotel especial não é o seu currículo. O que torna inesquecível qualquer estada no Old Cataract é a sua localização, debruçado no Nilo, em frente à Ilha Elefantina, a vista emoldurada pelas dunas da outra margem.
Coisa que talvez não significasse nada, se não fosse o seu estado de conservação. Intacto, com um ar de usado quando e onde necessário, o Old Cataract envelheceu com charme.
O bar do terraço -- sem dúvida o lugar mais deslumbrante do hotel -- é todo colonial inglês, mas com panos folclóricos núbios servindo de toldo.
O restaurante 1902 tem pé-direito de teatro municipal e cenário de ópera. Os feluccas (barquinhos tradicionais) que saem do seu ancoradouro para um chá ao pôr-do-sol no Nilo são os mais bonitos da corniche beira-rio.
Assuã
A cidade de Assuã, situada à beira do rio Nilo 880 km ao sul do Cairo e 210 km ao sul de Luxor, era o centro mais longínquo do império dos faraós e, durante o período colonial (séculos 19 e 20), foi entreposto comercial entre as regiões norte e leste da África.
Comercializavam-se marfim, ébano, ouro, especiarias, borracha, penas de avestruz, peles de animais, camelos e escravos. Pela proximidade com o Sudão e a África negra, tem uma cultura peculiar, que transparece no ritmo dos tambores, nas roupas e na cor da pele da população.
Embora haja ruínas faraônicas importantes, especialmente o templo de Ísis (Philae) e a ilha Elefantina (primorosamente restaurada por um grupo de arqueólogos alemães e belgas), a grande atração é, mais uma vez, o Nilo.
Em Assuã, o rio está em um de seus trechos mais bonitos, devido às corredeiras existentes e à concentração de granito preto e rosa.
Aliás, de Assuã partia o granito utilizado nas colossais colunas não só dos templos faraônicos como dos fabulosos templos romanos, cujas ruínas podem ser vistas no Líbano e na Síria.
Acreditava-se que nesta cidade se encontravam as fontes do Nilo e a origem das enchentes que dão vida a todo o país.
A "Primeira Catarata" marca o limite natural da navegação por este bonito rio.
A cidade contava com canteiros onde se extraía o granito de cor cinza, alabastro e ocre com o que se construíram numerosos edifícios reais e preciosos paisagens com o Nilo como centro.
Por outro lado, Assuã tem bazares onde se pode encontrar qualquer artigo que se busque.
Elefantina é uma ilha onde está situado o Nilómetro com o que se media a crescida do rio.
Também são interessantes os dois povoados núbios e o museu onde se expõem os restos arqueológicos encontrados nesta ilha nilótica.
A Ilha de Kitchener é atualmente um jardim botânico onde se pode contemplar as plantas do Império Colonial que Lorde Horatio Kitchener reuniu no final do século XIX.
Também era interessante a ilha de Philae que continha um magnífico templo dedicado a Isis, mas a inundação desta ilha pela Represa de Assuã durante oito meses ao ano impossibilitava a visita dos restos arqueológicos que acabaram por ser reconstruídos na ilha de Agilika graças a um importante esforço internacional, trasladando pedra por pedra os templos.