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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Ruinas de Carthago - Tunísia

Cartago (do fenício Kart-Hadasht, ou Qrthdst, isto é « Nova Cidade », em árabe قرطاج (Qartaj)) é uma antiga cidade, originariamente uma colônia fenícia no norte da África, situada a leste do Lago de Túnis, perto do centro de Túnis, na Tunísia.
Foi uma potência do mundo antigo, disputando com Roma o controle do Mar Mediterrâneo. Dessa disputa originaram-se as três Guerras Púnicas, após as quais Cartago foi destruída.
A antiga capital púnica é hoje um bairro de Túnis e um sítio arqueológico e turístico importante, tendo sido classificado Património Mundial pela UNESCO em 1979.

História

Cidade da costa da África do Norte, numa península próxima da qual se encontra hoje a cidade de Túnis.
Foi fundada por colonizadores fenícios de Tiro (antes da data tradicional de 814 a.C.). Cartago tornou-se, dentro de pouco tempo, a capital de uma república marítima muito poderosa, que substituiu Tiro no Ocidente, criou colônias na Sicília, na Sardenha, na Espanha, enviou navegadores ao Atlântico Norte e sustentou contra Roma, sua rival, as longas guerras conhecidas pelo nome de guerras púnicas (264-146 a.C.).
Possuía também uma potente marinha de guerra.
Entre os séculos V e III a.C. envolveu-se em frequentes hostilidades com a Grécia e a Sicília.
Foi nesta última que Cartago teve seu primeiro choque com Roma, e as três Guerras Púnicas acabaram com a destruição da cidade em 146 a.C. A meio caminho entre estas duas cidades (e capitais de império) encontra-se a Sicília.
O controle desta ilha foi determinante no decorrer das Guerras Púnicas porque a Sicília era o "celeiro" do mundo antigo.
Apesar dos esforços de Aníbal, teve de pedir a paz aos romanos, comandados por Cipião, o Africano, ao fim da segunda guerra púnica. Foi destruída ao fim da terceira guerra púnica por Cipião Emiliano (146 a.C.).
A cidade foi arrasada até aos seus alicerces e o chão foi salgado (colocado sal) para que nada nele crescesse.
Esta atitude extrema deveu-se ao fato de Cartago ter sido a única potência que podia concorrer pelo domínio do Mediterrâneo ocidental. Roma e Cartago estavam sensivelmente colocadas no eixo central deste mar, num tempo que não comportava concorrência. A luta entre Roma e Cartago era exclusivista.
Governada por comerciantes, sem um exército poderoso, Cartago valia-se de mercenários que se insurgiram contra os cartagineses, minando suas defesas - certamente uma das causas para a derrota face aos romanos (sobre este episódio Flaubert escreveu o romance Salammbô).
Refundada por César e Augusto como colônia romana (século I a.C.), novamente adquiriu grande prosperidade e sua população cresceu a ponto de se tornar a quarta maior cidade do Império Romano, com uma população estimada de meio milhão de habitantes.
Tornou-se a verdadeira capital da África romana e da África cristã. Como centro do cristianismo, opôs-se aos donatistas.
O vândalo Genserico ocupou a cidade em 439 e estabeleceu ali sua capital, mas em 533-534 Belisário expulsou os vândalos e a partir de então, até sua captura e destruição pelos árabes em 697, a cidade permaneceu como parte do Império Bizantino e entrou em decadência.

Comércio

Entre os produtos do artesanato fenício, os mais famosos eram, talvez, os tecidos tingidos cor púrpura. Os fenícios tinham alcançado uma notável habilidade na arte do tingimento e os tecidos eram apreciados a ponto de se tornarem sinal de riqueza e requinte.
Os fenícios usavam tecidos de lã ou linho, e os tingiam a partir de um pigmento obtido de moluscos chamados de múrices ou murex, encontrados nas águas rasas das costas do Mediterrâneo. O processo era muito complicado e demorado, e por isso o preço desses tecidos era elevado.