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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

História do Axé Opô Afonjá contada por Iya Stella



Ainda era Iyalaxé da Casa Branca Julia Figueiredo quando, Aninha - Oba Biyi - completando sete anos de iniciada teve ordem de ser Mãe de Santo, teve como primeira filha de santo, Paula de Ogum na própria Casa Branca.
Com a morte de Maria Júlia, assumiu Marcelina, dai surgindo divergências, culminando com o afastamento de um grupo, liderado por Aninha que foi par a Rua do Camarão, numa roça, no Rio Vermelho, onde funcionava o Terreiro de Pai Joaquim- Oba Saiya - Esa Oburo.
Dai, foi para sua própria roça, no bairro do Nordeste, à Rua Santa Cruz; apesar de existir a Roça do Axe, Aninha fazia iniciação de Iaôs em sua residência, como foi o caso de Rosalina de Oxalá, que foi iniciada na Rua dos Capitães.
Em 1903, já morava à Rua Corriachito, onde iniciou mais duas: Salu de Airá e Maria das Dores de Oxossi.
Mudando-se para a Ladeira da Praça, onde foi iniciada Mãe Senhora, Oxum Múyiwa, com mais cinco outras, no dia 05.11.1907.
Dias depois fez mais outras sete. Já residindo no pelourinho, nº 77, com a inspiração de Xango e Yemanjá, comprou a roça do nosse Axé, em 1909, inaugurando o mesmo com a iniciação de Agripina de Xango Aganjú, ao qual, deu o nome de Ile Axé Opô Afonjá, nome escolhido com muita inteligência, cujo significado é: Casa de Força Sustentada por Afonjá.
Esteve à frente do seu Axé, com muita dignidade, até o dia 03 de Janeiro de 1938. Com o seu falecimento, ficou por pouco espaço de tempo, Mãe Bada, de 1939 a 1941, substituida por Mãe Senhora em 1942.
Com o seu falecimento em 1967 foi sua sucessora Mãe Ondina que guiou o destino do Axé de 1969 a 1975.
Faleceu e um ano depois me foi confiado pelos Orixás a continuidade e preservação deste Axé, onde assumi, eu, Maria Stella de Azevedo Santos, no dia 17 de Junho de 1976.
Stella Azevedo - Iyalorixá do Ilé Axé Opô Afonjá,
dezembro de 1981