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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Katunga, A velha capital de Oyó



A velha Oyó (conhecida como Oyo-Ile, Oyo-oro) foi a capital do reino iorubá de Oyó, até ser totalmente destruida pelos fulanis em 1830.
Os fulanis são haussás, de origem muçulmana, e portanto adeptos da jihad, a guerra santa.
Situada na orla dos planaltos iorubás, a cidade assentava-se sobre uma encosta suave em direção ao rio Niger.
As principais construções de Oyo-Ile foram o Afin, o palácio do Oba situado no centro da cidade e o mercado chamado 'Oja-oba'.
A capital era rodeada por uma alta muralha de taipa com dezessete portões, para sua defesa.
Pouco se sabe sobre a historia inicial dos iorubás, exceto o que se pode vasculhar no relato de Dalzel sobre a Historia do Daomé escrito em 1793.
Ele conta que as diversar tribos estavam unidas sob a regencia de um obá que residia na velha Oyó, conhecida por Katunga, (o nome Hauçá da capital de Oyo).
Katunga foi a capital do reino iorubá até ser totalmente destruida pelos fulanis em 1830.
A grande era das conquistas, iniciou no governo dos Alafins Obalokun e Ajagbo, no século dezessete e continuaram durante os reinados de Ojigi e seus sucessores Amuniwaye e Onishile, no inicio do século dezoito.
Entre 1726 e 1730 o exercito de Oyó empreendeu qutro expedições contra o Daomé, a primeira com revide à invasão de Allada em 1724 no qual o rei dos iorubás deu suporte ao rei de Ardra, cujo reino havia sido destruido pelos daomeanos.
Ele enviou um grande exercito, que consistia principalmente de cavalaria, para invadir o Daomé.
Em Setembro de 1728, iniciaram uma nova disputa desta vez contra o rei de Uidá, e o seu exercito invadiu novamente o Daomé, numa guerra que durou até 1730.
Em 1738 os iorubás invadiram novamente o Daomé, e derrotaram o seu rei, capturam e incendiaram as cidades de Agbomi, Kalia e Zassa.
A partir de então os iorubás fizeram incursões anuais contra o Daomé, devastando o Pais.
Um acordo de paz foi selado entre os dois paises, pelo qual o Daomé teve que pagar pesados tributos para o rei dos iorubás.
Logo após veio o periodo de Gaha, que durou até 1774.
Ele ficou conhecido por ter entronizado cinco reis dos quais quatro ele matou, sendo morto pelo quinto.
Atribui-se a decadencia de Oyó à ascendencia de Gaha e as mortes dos quatro Alafins .
Além desses fatos relatados por Dalzel pouco se sabe, somente que em 1786 os iorubás interferiram na tentativa do daomé de atacar Porto Novo, mas os tributos pelas guerras continuaram a ser pagos até o reinado do rei Ghezo em 1818.
Os iorubás eram conhecidos como Eyeos ou Oyos pelos antigos historiadores, por causa de sua capital Oyó.
Xangô, o quarto rei de Oyo, também governou essa cidade, e após sua morte esse local tornou-se o centro do seu culto.

Palacio Real de Oyó

Na foto acima está uma gravura do Palacio Real de Oyó em 1890, com seus magnificos portões e telhados.
Ao redor da cidade havia uma muralha de 6 metros de altura foram feitas com grossas camadas de taipa.
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