A Partilha da África
Na segunda metade do século dezenove, após um contato
superior a quatro séculos, as potências europeias finalmente reivindicaram a
África por inteiro. Partes do continente já haviam sido “exploradas”, porém
desde então os representantes dos governos europeus vieram para criar e
expandir as esferas de influência para os seus patrões. A competição foi
intensa. O tempo era de negociação, e no final de 1884, realizou-se uma
conferência para estabelecer a negociação dos interesses. Essa conferência
lançou as bases para o mapa político-geográfico que conhecemos na atualidade.
Em Novembro de 1884, o chanceler imperial e “arquiteto” do Império
Germânico, Otto Von Bismarck, organizou uma conferência de 14 Estados (que
incluía os Estados Unidos) para estabelecer a partilha política da África.
Bismarck pretendia além da expansão da esfera de influência de seu país,
manipula seus rivais para confrontarem-se numa disputa que ia de encontro com
os interesses germânicos. Dessas quatorze nações, França, Alemanha, Grã
Bretanha e Portugal eram os principais adversários nesse encontro, países que
controlavam maior parte da África colonial naquele momento.
A Conferência de Berlim representou o desmanche da África em
muitas maneiras. As potências coloniais impuseram seus domínios no continente
africano. Na ocasião que a África reconquistou sua independência ao final dos
anos 1950, ela já havia adquirido um legado de fragmentação política que não
podia ser nem eliminada nem conduzida satisfatoriamente. Portanto, o mapa
político-geográfico africano é a consequência desses três meses durante os
quais a Europa se rendeu a esse desejo insaciável pela posse permanente do
mercado e exploração de minérios.
Os franceses dominaram a maioria da África Ocidental e os
ingleses o leste e o sul da África. Os belgas adquiriram o vasto território que
veio a ser o Congo. Os alemães detiveram quatro colônias, uma em cada parte do
território. Os portugueses dominaram uma pequena colônia na África ocidental e
duas grandes ao sul do continente.
Após a consolidação da colonização europeia, a única mudança
foi nas quatro colônias pertencentes à Alemanha, que ficaram sob a tutela da
Liga das Nações, devido à primeira guerra mundial, estabelecendo o critério de
mandato para os colonizadores administrarem seus territórios.
Fonte consultada: Wikipedia
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