Antes do período imperialista europeu, o interior do
continente africano era praticamente desconhecido. As numerosas expedições que
haviam começado ao final do Século XVIII revelaram muitas partes dessa África
desconhecida para os europeus.
Até 1835, os europeus já haviam traçado mapas da parte do
noroeste africano.
Entre os exploradores europeus mais famosos estavam David
Livingstone, que traçou os planos do vasto interior, e Alexandre Serpa Pinto, e
que cruzou o continente africano numa complicada expedição traçando mapas de
seu interior.
Foram empreendidas árduas expedições nas décadas de 1850 e
1860 por Richard Burton, John Speke e James Augustus Grant que resultaram no
descobrimento dos grandes lagos centrais e da nascente do Rio Nilo.
No final do século, os europeus tinham cartografado o Nilo desde
seu nascimento, o percurso do Rio Níger, e o traçado dos rios Congo e Zambeze.
De qualquer maneira, logo no início dos conflitos pela posse
da África, as nações ocidentais controlavam apenas 10% do continente.
Em 1875 os territórios mais importantes tanto pela sua
extensão quanto pela sua riqueza eram Argélia, sob domínio francês; a Colônia
do Cabo, controlada pelo Reino Unido e Angola, que estava sob o domínio
português.
Os avanços tecnológicos facilitaram a expansão de grandes
distâncias.
A industrialização provocou avanços significativos nos
transportes e comunicações, especialmente na utilização de barcos à vapor,
ferrovias e telégrafos.
Os avanços médicos também foram de grande importância, em
especial, a descoberta da cura para as enfermidades tropicais.
O desenvolvimento do quinino, um tratamento efetivo contra a
malária, permitiu que a vasta região tropical pudesse ser acessível aos europeus.
Ao final dessa era de expedições, já havia sido iniciada a
disputa pela África com a ajuda desses exploradores. A maior parte dos europeus
considerava ética as suas explorações sem falar no interesse espiritual e
econômico, bons motivos para empreender uma colonização. De fato, a maioria
desses homens instigava fortemente a colonização do interior desse imenso
continente por seus conterrâneos. Até mesmo Livingstone levara seus assistentes
numa expedição ao Zambezi, para mostrar-lhes que as tribos ribeirinhas eram
partes degradadas da família humana, e que cabia a eles, como membros de uma
raça superior, elevar sua condição.
Com isso abriram a África para a civilização europeia,
criando uma nova fonte de conflito que iria contribuir para o desencadeamento
da primeira guerra mundial.
Fonte consultada: Wikipedia
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