Ogum é o deus do ferro e o
patrono de todos aqueles que usam ferramentas. É o patrono dos caçadores e
guerreiros e portanto Deus da Guerra, patrono dos ferreiros, entalhadores e
artesãos do couro , dos barbeiros, daqueles que praticam a circuncisão e escarificação,
e recentemente dos motoristas e maquinistas de trem. Sem ele as pessoas não
poderiam ter o seu cabelo cortado, serem circuncidadas ou possuir marcas
faciais, os animais não poderiam ser caçados nem preparados, as fazendas limpas
ou aradas, as trilhas e os buracos estariam cheios de mato, e o fogo aceso pelo
atrito produzido por fagulhas pelo atrito de metais, muito usados na África
antes do advento dos fósforos. As outras divindades também são dependentes de
Ogum, pois é ele quem clareia o caminho para eles passarem com seu ancinho; mas
acima de tudo ele é reverenciado por ser um ferreiro e um grande guerreiro.
Ogum é o dono do ferro e das
dos ramos de palmeira que brotam usados para marcar os seus santuários; ramos
de palmeira também podem ser usados para outras divindades, mas pertencem a
Ogum. Os versos divinatórios contam porque o ferro é o primogênito de Ogum, e
porque enferruja enquanto o latão e o chumbo não, e que “Os brotos da palmeira
formam o corpo de Ogum". Ele também é o senhor dos cães; os cachorros
machos constituem sua oferenda favorita, e são comidos por seus fieis. Ogum foi
ao mercado do "Padecer" contra o aviso de Orixalá e Orunmilá, levando
deu cajado e sua espada. Ali encontrou o Cão recolhendo pedágios diante dos
portões da cidade, e cortou-lhe a cabeça. Assustado por Exu, Ogum fugiu para a floresta,
onde suas roupas fora, rasgadas por espinhos e picões. Para cobrir-se ele usou
ramos de palmeira, "motivo pelo qual são usados por Ogum e não para os
demais".
Sua cidade é Ire. Quando o
chefe da cidade negligenciou seu patrono, a vida tornou-se atrapalhada; os
adivinhos lhe recomendaram oferecer sacrifícios para Ogum e seus dois amigos,
Xangô e Orixa Oko, e cantar, pedindo a Ogum retornar para casa. Ha um ditado “Ogum
mata o credor". Ele é descrito como um negro muito forte, por isso é
chamado de "Negro Ogum". Outros de seus nomes são Onijaoole e Tiele.
William Russell Bascom
1912-1981
William R. Bascom nasceu em
1912 em Princeton, Illinois.
Diplomou-se em Física no ano
de 1933 na Universidade de Wisconsin, Madison.
Decidiu tomar um rumo
diferente em carreira obtendo o mestrado em Antropologia em 1936.
Em 1939, foi o primeiro
aluno a receber um Ph.D. em Antropologia na Northwestern University como discípulo
de Melville Herskovits.
Publicou Sixteen Cowries:
Yoruba Divination from Africa to the New World (1980) Dezesseis búzios:
adivinhação ioruba da África para o Novo Mundo (1980).
Ifa Divination, Traduzido -
Bascom, William
Sixteen Cowries - Extratos
do livro - Bascom, William
Sixteen cowries: Yoruba
divination from Africa to the New World
Autor William Russell Bascom
Edição reimpressão,
ilustrada
Editora Indiana University
Press, 1993
ISBN 0253208475,
9780253208477
Num. págs. 790 páginas