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sábado, 26 de maio de 2012

A Partilha da África - Motivos Estratégicos

Enquanto a África tropical não representava uma região de grandes investimentos, outras regiões além-mar sim.
O vasto interior entre a África do Sul, rica em ouro e diamantes, e o Egito tinham, contudo, um alto valor estratégico, importante para assegurar o fluxo do comércio exterior.
O Reino Unido estava sob uma intensa pressão política, especialmente devido aos partidários do Partido Conservador para proteger os mercados lucrativos na Índia britânica, Dinastia Qing (China) e América Latina dos rivais usurpadores.
Desta forma, proteger a importante via marítima entre o leste e oeste - O Canal de Suez - era crucial.
A rivalidade entre o Reino Unido, França, Alemanha, entre outras potências europeias esteve presente na maior parte do período da colonização.
Desse modo, enquanto a Alemanha, que havia sido unificada sob o domínio da Prússia após a Batalha de Sadowa em 1886 e a Guerra franco-prussiana em 1870, dificilmente seria uma potência colonial antes do período do Neo-imperialismo e, participaria das disputas.
Tornou-se uma potência industrial em crescimento que incomodava o Reino Unido, porém não havia tido a oportunidade de controlar territórios extracontinentais, principalmente devido ao fato de ter a sua unificação tardia, uma fragmentação em vários estados e uma falta de experiência na Navegação moderna.
Fator esse que mudaria sob a liderança de Otto Von Bismarck, que implementou a "Weltpolitik" (política mundial) e, após de coordenar as bases de isolamento da França com a aliança entre a Alemanha e o Império Austro-Húngaro e mais tarde com a Tríplice Aliança com Itália exigiu a Conferência de Berlim, a qual fixou as regras para um maior controle efetivo dos territórios estrangeiros.
O expansionismo alemão conduziria ao Plano Tirpitz, implementado pelo Almirante von Tirpitz, quem também defendeu os decretos de frota em 1898, atrativo numa luta armada com o Reino Unido.
Em 1914, os decretos haviam dado à Alemanha a segunda maior força naval do mundo, aproximadamente 40% menor que a frota da Marinha Real Britânica.
De acordo com Tirpitz, essa agressiva política naval estava respaldada mais pelo Partido Nacional Liberal da Alemanha do que pelos conservadores, demonstrando que as principais sustentações do imperialismo das nações europeias eram a burguesia.

Fonte consultada: Wikipedia
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