O vasto interior entre a África do Sul, rica em ouro e
diamantes, e o Egito tinham, contudo, um alto valor estratégico, importante
para assegurar o fluxo do comércio exterior.
O Reino Unido estava sob uma intensa pressão política,
especialmente devido aos partidários do Partido Conservador para proteger os
mercados lucrativos na Índia britânica, Dinastia Qing (China) e América Latina
dos rivais usurpadores.
Desta forma, proteger a importante via marítima entre o
leste e oeste - O Canal de Suez - era crucial.
A rivalidade entre o Reino Unido, França, Alemanha, entre
outras potências europeias esteve presente na maior parte do período da
colonização.
Desse modo, enquanto a Alemanha, que havia sido unificada
sob o domínio da Prússia após a Batalha de Sadowa em 1886 e a Guerra
franco-prussiana em 1870, dificilmente seria uma potência colonial antes do
período do Neo-imperialismo e, participaria das disputas.
Tornou-se uma potência industrial em crescimento que
incomodava o Reino Unido, porém não havia tido a oportunidade de controlar
territórios extracontinentais, principalmente devido ao fato de ter a sua
unificação tardia, uma fragmentação em vários estados e uma falta de
experiência na Navegação moderna.
Fator esse que mudaria sob a liderança de Otto Von Bismarck,
que implementou a "Weltpolitik" (política mundial) e, após de
coordenar as bases de isolamento da França com a aliança entre a Alemanha e o
Império Austro-Húngaro e mais tarde com a Tríplice Aliança com Itália exigiu a
Conferência de Berlim, a qual fixou as regras para um maior controle efetivo
dos territórios estrangeiros.
O expansionismo alemão conduziria ao Plano Tirpitz,
implementado pelo Almirante von Tirpitz, quem também defendeu os decretos de frota
em 1898, atrativo numa luta armada com o Reino Unido.
Em 1914, os decretos haviam dado à Alemanha a segunda maior
força naval do mundo, aproximadamente 40% menor que a frota da Marinha Real
Britânica.
De acordo com Tirpitz, essa agressiva política naval estava
respaldada mais pelo Partido Nacional Liberal da Alemanha do que pelos
conservadores, demonstrando que as principais sustentações do imperialismo das
nações europeias eram a burguesia.
Fonte consultada: Wikipedia
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