A Partilha da África
Apesar da Conferência de Berlim, 1884–1885, ter estabelecido
as regras para a disputa pela África, não conseguira enfraquecer a rivalidade
dos imperialismos.
O incidente de Fashoda de 1898, que quase levara a França e
Inglaterra à guerra, conduziu finalmente à Entente Cordiale, assinatura do
acordo de 1904 revertendo o poder de várias potências europeias.
Em decorrência, a nova potência alemã decidiu testar a
solidez de sua influência, usando para isso o concorrido território do Marrocos
como campo de batalha.
Então, a 31 de Março de 1905, o Kaiser Guilherme II visitou Tanger
e fez um discurso a favor da Independência do Marrocos, desafiando a influência
francesa neste país.
A posição da França havia sido reafirmada pela Inglaterra e
Espanha em 1904.
O discurso do Kaiser reforçou o nacionalismo francês e com o
apoio do ministro de relações exteriores, Théophile Delcassé, a França tomou
uma posição desafiadora.
A crise atingiu seu apogeu em meados de junho de 1905,
quando Delcassé foi forçado a retirar-se do ministério pelo primeiro ministro
conservador Maurice Rouvier.
Mas em julho de 1905 a Alemanha foi se isolando e a França
continuou a manter-se em conferência, com a Alemanha mobilizando suas unidades
militares de reserva ao final de Dezembro e a França movendo suas tropas para a
fronteira em 1906.
A Conferência de Algeciras de 1906 foi criada para resolver
a disputa.
Das treze nações
presentes, o único apoio encontrado pelos representantes alemães foram os austro-húngaros.
A França contou com o firme apoio da Inglaterra, Rússia, Itália,
Espanha, e Estados Unidos.
Os alemães acabaram por aceitar um acordo, assinado a 31 de
maio de 1906, no qual a França cedeu certas mudanças domesticas no Marrocos,
porém mantendo suas áreas estratégicas.
Fonte consultada: Wikipedia
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