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sábado, 25 de agosto de 2012

As Exposições e a Consciência Colonial

A Partilha da África – O Lobby Colonial

O imperialismo em seu estágio inicial era geralmente o ato de exploradores individuais e de alguns mercadores aventureiros. As potências coloniais estavam longe de aprovar sem qualquer distinção as aventuras caras realizadas no exterior.
Vários lideres políticos importantes como Gladstone opuseram-se à colonização nos primeiros anos.
Todavia, durante sua segunda eleição como primeiro ministro ele não conseguiu resistir ao Lobby colonial em seu gabinete, e portanto não cumpriu sua promessa eleitoral de desligar a Inglaterra do Egito.
Apesar de estar em oposição ao imperialismo, Gladstone foi pressionado pela Longa Depressão a concordar com o Jingoísmo (um ultranacionalismo belicoso e expansionista): os imperialistas haviam se tornado os parasitas do patriotismo.
Na França o politico radical Georges Clemenceau também se opôs inflexivelmente a isso: ele acreditava que a colonização era uma diversão para “além da linha azul das montanhas de Vosges” (uma referência à Alsácia que estava sob o domínio alemão, do outro lado da montanha), ou seja, revanchismo e a compulsão para recuperar a região da Alsacia-Lorena que havia sido anexada em 1871 pelo tratado de Frankfurt.
Na verdade Clemenceau pôs abaixo o gabinete de Jules Ferry após o desastre de Tonquim em 1885.
De acordo com Hannah Arendt nas Origens do Totalitarismo (1951), essa expansão de soberania nacional nos territórios de além-mar contradizia a unidade de estado-nação que proporcionava cidadania para sua população.
Portanto, a tensão entre a vontade universalista para respeitar os direitos humanos dos povos colonizados, podendo ser considerados “cidadãos” do estado-nação, e os imperialistas, levam a uma exploração cínica das populações emergentes consideradas inferiores.
Alguns países colonizadores opuseram-se àquilo que consideravam males desnecessários da administração colonial, deixados por conta própria. Foram descritos no livro de Joseph Conrad, O Coração das Trevas de (1899) – no livro de Kipling - O peso do homem branco, ou no de Louis-Ferdinand Céline – A Viagem ao fim da Noite (1932).
Portanto, os lobbys coloniais foram estabelecidos para legitimar a disputa pela África e outras aventuras ultramarinas dispendiosas.
Na Alemanha e, França e Inglaterra, a burguesia começou a reivindicar fortes políticas ultramarinas para assegurar o crescimento do mercado.
Em 1916, Lênin iria publicar o livro, Imperialismo, o estágio mais alto do Capitalismo, descrevendo esse fenômeno.
Na Alemanha e, França e Inglaterra, a burguesia começou a reivindicar fortes políticas ultramarinas para assegurar o crescimento do mercado. Em 1916, Lênin iria publicar o livro, Imperialismo, o estágio mais alto do Capitalismo, descrevendo esse fenômeno.
Mesmo nas potências menores, vozes como a de Corradini começaram a reivindicar “lugares ao sol” para as nações chamadas de “proletárias”, reforçando o nacionalismo e o militarismo num protótipo inicial do fascismo.

Fonte consultada: Wikipédia
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