Durante o período do Novo Imperialismo, fim do século XIX, a
Europa havia anexado quase vinte e três milhões de quilômetros quadrados – 1/5
da área do globo – às suas possessões coloniais.
As propriedades formais da Europa incluíam todo o continente
africano com exceção da Etiópia, Libéria e Saguia el-Hamra, sendo que esta
ultima seria integrada ao Saara espanhol.
Entre 1885 e 1914 a Grã Bretanha tinha quase 30% da
população africana sob seu controle, a França 15%, Portugal 11%, a Alemanha 9%,
a Bélgica 7% e a Itália 1%.
Somente a Nigéria contribuiu com 15 milhões de súditos, mais
do que toda a África Ocidental Francesa ou o inteiro império colonial alemão.
Era paradoxal que a Grã Bretanha, forte defensor do livre
comercio, saiu-se não apenas com o maior império ultramarino, graças à sua
longa estadia na Índia, mas também com os maiores ganhos na partilha da África,
refletindo sua vantajosa posição inicial.
Em termos de área ocupada, os franceses eram os vitoriosos à
margem, porém grande parte de seu território consistia de áreas de população
esparsa no Saara.
O imperialismo político seguiu a expansão econômica, tendo o
apoio dos lobbys coloniais com seu discurso jingoísta e chauvinista a cada
crise que surgia para dar legitimidade ao empreendimento colonial.
A tensão entre as potências coloniais levou a uma sucessão
de crises, que eclodiu finalmente em Agosto de 1914, quando as alianças
precedentes criaram um efeito dominó que conduziu as principais nações europeias
à guerra.
Os austro-húngaros atacaram a Servia para vingar-se do
assassinato do príncipe Franz Ferdinand, com a intervenção da Rússia para dar
assistência a seus irmãos eslavos. E a Alemanha interviria para dar sustentação
aos austro-húngaros contra a Rússia.
Por causa da aliança militar que a Rússia possuía com a
França contra a Alemanha, o secretariado geral alemão, conduzido pelo General
von Moltke, decidiu por em prática o plano Schlieffen para invadir a França
conseguindo rapidamente isola-la da guerra, isso antes de voltar-se contra a
Rússia naquilo que se esperava ser uma longa luta.
Isso exigia uma invasão da Bélgica que trouxe a Grã Bretanha
para a guerra contra a Alemanha, Áustria, Hungria e seus aliados. O submarino
alemão U atacou os navios aliados da Grã Bretanha, o que acabou levando os
Estados Unidos naquilo que viria a ser a I Guerra Mundial.
Além disso, usando a aliança anglo-japonesa como desculpa, o
Japão segurou essa oportunidade para conquistar os direitos alemães sobre a
China e Pacífico para tornar-se a potência dominante no Pacífico ocidental,
dando terreno para a segunda guerra Sino-Japonesa (iniciada em 1937) e
finalmente a II Guerra Mundial.
Fonte consultada: Wikipédia
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