Seguidores

sábado, 29 de março de 2014

A Partilha da África - Conclusão


Durante o período do Novo Imperialismo, fim do século XIX, a Europa havia anexado quase vinte e três milhões de quilômetros quadrados – 1/5 da área do globo – às suas possessões coloniais.
As propriedades formais da Europa incluíam todo o continente africano com exceção da Etiópia, Libéria e Saguia el-Hamra, sendo que esta ultima seria integrada ao Saara espanhol.
Entre 1885 e 1914 a Grã Bretanha tinha quase 30% da população africana sob seu controle, a França 15%, Portugal 11%, a Alemanha 9%, a Bélgica 7% e a Itália 1%.
Somente a Nigéria contribuiu com 15 milhões de súditos, mais do que toda a África Ocidental Francesa ou o inteiro império colonial alemão.
Era paradoxal que a Grã Bretanha, forte defensor do livre comercio, saiu-se não apenas com o maior império ultramarino, graças à sua longa estadia na Índia, mas também com os maiores ganhos na partilha da África, refletindo sua vantajosa posição inicial.
Em termos de área ocupada, os franceses eram os vitoriosos à margem, porém grande parte de seu território consistia de áreas de população esparsa no Saara.
O imperialismo político seguiu a expansão econômica, tendo o apoio dos lobbys coloniais com seu discurso jingoísta e chauvinista a cada crise que surgia para dar legitimidade ao empreendimento colonial.
A tensão entre as potências coloniais levou a uma sucessão de crises, que eclodiu finalmente em Agosto de 1914, quando as alianças precedentes criaram um efeito dominó que conduziu as principais nações europeias à guerra.
Os austro-húngaros atacaram a Servia para vingar-se do assassinato do príncipe Franz Ferdinand, com a intervenção da Rússia para dar assistência a seus irmãos eslavos. E a Alemanha interviria para dar sustentação aos austro-húngaros contra a Rússia.
Por causa da aliança militar que a Rússia possuía com a França contra a Alemanha, o secretariado geral alemão, conduzido pelo General von Moltke, decidiu por em prática o plano Schlieffen para invadir a França conseguindo rapidamente isola-la da guerra, isso antes de voltar-se contra a Rússia naquilo que se esperava ser uma longa luta.
Isso exigia uma invasão da Bélgica que trouxe a Grã Bretanha para a guerra contra a Alemanha, Áustria, Hungria e seus aliados. O submarino alemão U atacou os navios aliados da Grã Bretanha, o que acabou levando os Estados Unidos naquilo que viria a ser a I Guerra Mundial.
Além disso, usando a aliança anglo-japonesa como desculpa, o Japão segurou essa oportunidade para conquistar os direitos alemães sobre a China e Pacífico para tornar-se a potência dominante no Pacífico ocidental, dando terreno para a segunda guerra Sino-Japonesa (iniciada em 1937) e finalmente a II Guerra Mundial.

Fonte consultada: Wikipédia
Minha tradução