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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Mascara Kanaga - tribo Dogon - Mali

Essa é a mascara mais importante do povo Dogon. É uma mascara Zoomórfica, que retrata uma união entre as semelhanças de um animal com o homem ou de seus primeiros ancestrais.
O rosto com traços geométricos da máscara Kanaga representa o “deus criador”, de quem procedem aos acontecimentos que levaram à edificação das bases da sociedade.
Os povos Dogon utilizam as máscaras nas cerimônias chamadas Dama e em rituais agrícolas cíclicos.
Uma forma complexa e multifacetada de expressão artística, o Dama ocorre num período de seis dias por ano.
Dúzias ou até mesmo uma centena de espíritos mascarados participam.
O ritual realiza a expulsão permanente das almas ou dos espíritos daqueles que morreram desde o último Dama, e facilitam sua incorporação no reino sobrenatural com os antepassados. 
A sociedade iniciática das máscaras desempenha o papel de transmitir, por meio de ritos funerários, a força vital de um falecido a uma criança de sua descendência.
A máscara Kanaga possui rosto com traços geométricos e representa o deus criador, de quem procedem aos acontecimentos que levaram à edificação das bases da sociedade.
As máscaras figurativas representam ora animais da savana, ora pessoas.
As zoomórficas lembram que os Dogon foram caçadores antes de serem cultivadores, e celebram a aliança entre os animais (gêmeos dos homens) e os primeiros ancestrais.
As máscaras antropomórficas se referem às diferentes categorias sociais: os sexos, as classes de idade, as funções religiosas.
"A máscara aparece como um objeto de arte teatral, donde a gesticulação vai caracterizar o personagem representado" (Delange 1967: 2-3).
Não são objetos de culto, e manifestam certa autonomia em relação à vida religiosa. São associadas à arquitetura e seu fim é relatar acontecimentos míticos, como os da criação do mundo.