As explorações de David Livingstone, continuadas por Henry
Morton Stanley, excitaram a imaginação dos europeus.
Porém a principio, as ostentosas ideias de colonização de
Stanley encontraram pouco apoio devido aos problemas técnicos e a escala de
ação requerida, exceto por Leopoldo II da Bélgica, quem em 1876 havia
organizado a Associação Internacional Africana.
De 1879 a 1884, Stanley era enviado secretamente por
Leopoldo para a região do Congo, onde fez acordos com vários chefes africanos
locais ao longo do Rio Congo até que em 1882, havia conseguido um território
suficiente para formar as bases do Estado Livre do Congo. Leopoldo II tornou-se
proprietário oficial da colônia em 1885 e a explorou com a extração de marfim e
borracha.
Enquanto Stanley estava explorando o Congo em nome de
Leopoldo, o oficial franco-italiano da marinha francesa, Pierre de Brazza
viajou até o vale do Congo ocidental e levantou a bandeira francesa sobre a recém-fundada
Brazzaville em 1881, ocupando assim a região da atual República do Congo.
Portugal que também reclamou a área, devido à antigos
tratados com o Reino do Congo, fez um tratado com o Reino Unido em 26 de
Fevereiro de 1884 para bloquear da sociedade do congo ao Atlântico.
Em 1890 o Estado Livre do Congo havia consolidado o controle
do território entre Kinshasa e Kisangani, ao mesmo tempo em que a Companhia
Britânica da África do Sul de Cecil Rhodes estava expandindo até o norte do Rio
Limpopo.
A atenção centrava-se nas terras que se expandiam até
Katanga, local do Reino Yeke de Msiri.
Além de possuir a força militar mais potente da região,
Msiri comercializa grandes quantidades de Cobre, marfim e escravos e rumores de
que havia ouro chegaram rapidamente aos ouvidos dos europeus.
A disputa por Katanga foi um perfeito exemplo do período.
Rhodes e a Companhia Britânica da África do Sul mandaram
duas expedições à Msiri em 1890 sob o comando de Alfred Sharpe, que foi
desprezado, e Joseph Thomsom, quem não conseguiu chegar à Katanga.
Em 1891 Leopoldo mandou quatro expedições: "Le
Marinel" da qual só se pode obter uma carta.
"Delcommune" foi desairada; a expedição bem armada
"Stairs" tinha ordens para tomar Katanga com ou sem o consentimento
de Msiri.
O acesso lhe foi negado, sendo fuzilado, decapitado tendo
sua cabeça cravada num poste como forma de intimidação da população, uma
"lição barbárica".
A expedição "Bia" tinha como missão estabelecer
uma administração e uma presença policial em Katanga.
O meio milhão de km² de Katanga entrou nas posses de
Leopoldo II e formou parte do reino africano de mais de 2.300.000 km², em torno
de 75 vezes o tamanho da Bélgica.
O Estado Livre do Congo impôs um regime de terror no povo
colonizado, incluindo assassinatos em massa com milhares de vítimas, e trabalho
escravo, que Bélgica, sob pressão da Associação da Reforma do Congo, terminou o
mandato de Leopoldo II e a anexou como uma colônia em 1908, território
conhecido como Congo Belga.
A brutalidade belga em sua antiga colônia do Estado Livre do
Congo foi bem documentada. Estima-se que oito dos dezesseis milhões de
habitantes morreram entre 1885 e 1908. De acordo com o diplomata britânico
Roger Casement, esse número é atribuído a quatro causas principais: “guerras
indiscriminadas, fome, redução de nascimentos e doenças”. A doença do sono (causada
pela mosca tse-tsé) que assolou o país e também deve ser levada em consideração
para essa diminuição dramática da população.
Uma situação semelhante ocorreu no estado vizinho, o Congo
Frances. A maior parte dos recursos extraídos era dirigida por concessões, e os
métodos brutais das companhias resultaram na perda de cinquenta por cento da
população nativa. O governo francês indicou uma comissão chefiada pó Brazza, em
1905 para investigar os abusos na colônia. Todavia, Brazza morreu ao retornar
de sua viagem, e o seu testemunho jamais foi liberado para o público. Nos anos
1920, aproximadamente 20.000 trabalhadores forçados morreram construindo uma
ferrovia no território francês.
Fonte consultada: Wikipedia
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