Só podemos atribuir com certeza que, na África Ocidental, os
vestígios neolíticos pertenceram a negros de alta estatura.
Os da era paleolítica não tem, de modo geral, uma datação
exata. Alguns são encontrados em Pita, na alta Guiné. O relato de Heródoto
sobre a expedição dos Nasamonios, que deixaram a Cirenaica, e os de Hanno e
Satapses, leva a comprovar que os negros de estatura alta ainda não habitavam o
oeste africano no período que precede o décimo quinto século antes de Cristo.
Apesar mesmo das menções enigmáticas feitas por Hanno por “Intérpretes Lixistas”.
Todo o continente era habitado por pigmeus, com exceção de
alguns lugares como a bacia do Nilo. É por isso que os arqueólogos consideram
os pigmeus como responsáveis por todos os vestígios encontrados na África
Ocidental durante o período paleolítico. Principalmente quando esses vestígios
encontram-se à tona do solo. Consequentemente, é importante frisarmos a importância
da arqueologia na África ocidental. Devido à maioria dos povos ter migrado em
tempos relativamente recentes, fica difícil detectar qualquer estratificação
das civilizações em um determinado local. É compreensível ouvir-se lendas
segundo as quais os negros vieram do leste, atravessando a “Grande Água",
sem que essa possa ser identificada como Oceano Índico. Entretanto, duas
razões, contradizem isso: quando as populações sul africanas são questionadas, elas
afirmam terem vindo do norte; aquelas do Golfo do Benim dizem que vieram do
nordeste. Na antiguidade, os etíopes consideram-se autóctones, aqueles que
brotaram da terra. Os egípcios afirmavam ter vindo do sul, da Nubia (Sudão,
Khartum, locais de seus ancestrais: o país de Punt). A Núbia foi a antiga
Etiópia.
Mesmo se a humanidade não fosse originaria da África, mesmo
se os negros de alta estatura tivessem vindo de outro lugar, conforme a tese
Lemurica, ter vindo do Oceano Índico, isso só poderia ter se dado centenas de
milhares de anos antes. Mas como se observou, no quinto século antes de Cristo,
uma data bem recente na história humana, os negros de estatura alta não tinham
se espalhado em direção ao oeste, apenas sabe-se com certeza que existiram no
continente. A ideia de um centro de dispersão localizado nos arredores do vale
do Nilo é digna de consideração. É totalmente provável que, após a seca do Saara
(7000 AC), a humanidade negra vivera em pequenos grupos na bacia do Nilo, antes
de espalhar-se em fluxos sucessivos para o interior do continente.
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