A força e a extensão dos impérios
O império de Sonhai estendia-se do leste do rio Níger até o
Atlântico e dos "limites da terra de Bindoko até Teghezza e suas províncias"
sob o comando do Askia (rei) Mohamed. A força de seu exercito ergueu-se
prontamente para lutar contra Djuder, que era composto de uma cavalaria com
12.500 guerreiros e uma infantaria de 30.000 soldados.
Songhai herdou do Mali, a reputação internacional. A memoria
das viagens desse período que vai desde os príncipes Kankan Mussa a Askia
Mohamed, está registrada nos anais do oriente, onde o deslumbramento expressado
pelo poder desses impérios africanos é indescritível.
Sonni Ali também conhecido como Ali Ber ou Ali o Grande,
expulsou os Tuaregues que haviam se apossado de Timbuktu após os Mandingos de
1434 a 1468. O chefe Tuaregue, Akil, fugiu para Biro (Ulata) sem lutar contra
Soni Ali. Levou consigo todos os juristas e membros do clero que estavam a
favor do governo Tuaregue. Os Tuaregues haviam cometido os piores excessos nos últimos
trinta e quatro anos de seu domínio. Na realidade eles nunca chegaram a se
estabelecer permanentemente na cidade. A administração anterior havia
permanecido: a cidade continuou a ser governada por um Timbuktu-Koï que
coletava impostos em seu nome. Somente após uma série de humilhações, pilhagens
e massacres que o Timbutu-Koï apelou para a ajuda de Sonni Ali para libertar a
cidade. Com a libertação, os Tuaregues tornaram-se vassalos dos askias de
kaoga, até o final de seu império. Sonni Ali conquistou as regiões montanhosas
onde os Berberes acampavam, bem como as terras dos Kunta. Os berberes foram
assimilados e integrados na administração politica dos negros. O Askia deu a
seus chefes tribais a função de Koï, beneficiados por tributos especiais. Em
troca, os Magcharen Koï e o Andassen Koï deveriam colocar a disposição seus exércitos
de 12.000 soldados em caso de guerra. Os Tuaregues estavam longe de serem
considerados membros da mesma comunidade politica que os árabes. Foi com essas forças,
de 24.000 Tuaregues além de seus homens, que o Askia Daud lutou contra os
árabes de Bentaba em maio de 1571. A lealdade dos vassalos passou por todos os
testes, mesmo durante a guerra contra o Marrocos, os Andassen Koï permaneceram
fieis ao Askia, até sua morte.
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