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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Axé Opô Afonjá


Assim como o Terreiro do Gantois, esta casa está intimamente vinculada ao Terreiro da Casa Branca do Engenho Velho.
Este é o terreiro mais antigo de que se tem notícia e que, segundo vários autores, serviu de modelo para todos os outros, de todas as nações.
Um grupo dissidente do Terreiro da Casa Branca, comandado por Eugênia Anna dos Santos, fundou, em 1910, numa roça adquirida no bairro de São Gonçalo do Retiro, o Terreiro Kêtu do Axé Opô Afonjá.
O terreiro ocupa uma área de cerca de 39.000 m2. As edificações de uso religioso e habitacional do terreiro ocupam cerca de 1/3 do total do terreno, em sua parte mais alta e plana, sendo o restante ocupado pela área de vegetação densa que constitui, nos dias de hoje, o único espaço verde das redondezas.
Por força da topografia do terreno, as edificações do Axé Opô Afonjá se distribuem mais ou menos linearmente, aproveitando as áreas mais planas da cumeada, tornando, no acesso principal, um "terreiro" aberto em torno do qual se destacam os edifícios do barracão, do templo principal - contendo os santuários de Oxalá e de Iemanjá -, da Casa de Xangô e da Escola Eugênia Anna dos Santos.
A organização espacial do Axé Opô Afonjá mantém as características básicas do modelo espacial típico do terreiro jejê-nagô.
Esses mesmos elementos, são também encontrados nos terreiros da Casa Branca e do Gantois, apenas com uma diferença: no Axé Opô Afonjá o barracão é uma construção independente, ao passo que nos dois outros terreiros ele está incorporado ao templo principal.
Localização do Terreiro:
Rua Direta de São Gonçalo do Retiro, 557, Cabula -Salvador - BA