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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Oba Joseph Adekola Ogunoye, Olowo de Owo - Ondo, Nigéria


Subiu ao trono de Owo, quando Olagbeji II foi destronado.
Seu reinado testemunhou o estabelecimento da Politécnica Estadual de Owo, Centro Medico Federal e a indicação de um chefe de sua cidade dentro do Governo de Ondo. 
Foi deposto em 1968 por um golpe militar e voltou e faleceu em 1993.


A fundação de Owo


O antigo reino africano de Owo é chamado atualmente de Ondo.
Esse reino foi fundado por Olowo Ojugbelu em 1019 DC.
Tal qual seu irmão, esse Oba era um bom caçador.
Certa vez saiu para caçar deixando seus irmãos em Ile Ife.
Quando retornou da caça, seu pai havia distribuído todas as propriedades para seus irmãos deixando para ele apenas Ape e Agada. 
Viajou alguns quilômetros quando viu alguns de seus irmãos presos entre uns galhos.
Eles pediram ajuda para solta-los do arbusto onde estavam prometendo dividir suas propriedades em troca.
A primeira cidade que Ojugbelu fundou foi Upafa, onde lutou contra Oluwa e venceu. Ojugbelu morreu em Upafa.
Para os iorubas, cada família real governa uma cidade, em Owo o chefe é chamado de Olowo (rei de Owo).
O Estado de Ondo situa-se ao sudoeste das colinas iorubas e na intercessão das estradas de Akure, Kabba, Benin City, e Siluko. 
É o principal centro de colheita de côco, e um centro distribuidor de inhame, mandioca, amido de milho, arroz, dendê, abobora e quiabo. Nos seus arredores cultiva-se algodão e extrai-se uma madeira chamada Teak.


Festival de Igogo


Seiscentos anos atrás, Olowo, o rei, apaixonou-se por Orensen, uma linda mulher. Para sua tristeza ela era uma deusa ela e não podia viver com um humano. 
Ela era proibida de varias coisas estranhas. Ver mulheres socando pilão, tirando agua do poço, ou jogar um feixe de lenha no chão.
Para casar-se com ela, o rei prometeu que suas outras esposas respeitariam as mesmas restrições quando estivessem em sua presença. Após alguns anos, essas mulheres ficaram enciumadas e se revoltaram. 
Fizeram tudo o que era proibido na frente da deusa, a qual se vingou atirando um feitiço em todo o reino.
A deusa prometeu que o povo de Owo, morreria de fome e doenças se o rei e seus chefes não celebrassem anualmente uma cerimônia em sua honra. Os tambores deveriam pedir perdão e entoar cânticos em seu louvor. E deveriam oferecer-lhe o sacrifício de um casal humano.
Essa cerimonia, Igogo, ainda existe, mas os seres humanos foram substituídos por um bode e uma cabra.
O festival anual de Igogo que dura dezessete dias, celebra varias cerimonias incluindo a benção dos inhames novos. 
Durante a celebração ao invés de tambores são usados agogôs, (sinos metálicos). É dai que vem a palavra Igogo.
O olowo usa a coroa de coral em seu traje pesado todo bordado de contas de coral.
O Olowo guia seu povo através da cidade incluindo o sacerdote saindo dos quarteirões de Iloro.


O Palácio Real de Akure


O palácio real do Deji de Akure foi declarado monumento nacional no Estado de Ondo, pelo governo federal. 
“O poderoso palácio localizado no centro de Akure, a capital do estado, contem nove pátios: Uha lila, Uha ajukoto, Uha Ogoga, Uha Mese, Uha Ibura, Uha ado Aya, Uha agboro, Uha Agaba, Uha Layo, Uha Leke, Uha awa Gun, Uha Jimifonnun” Uha Ikomo, Uha ado lie, Uha Orile, Ula Agbeto, Uha Ori Ojuto, Uha Ogoro.
Cada pátio é usado para uma determinada cerimônia, ou pelos moradores do palácio. 
Por exemplo: 'Uha lila' é usado para cerimônias ocasionais para a recepção de importantes dignitários, enquanto 'Uha Ojukoto' para a posse dos chefes, e Uha Ibura' para fazer juramentos.
É notável o sistema de escoamento dos seus pátios, cujos pisos elevados formam patamares que proporcionam um bom fluxo para as aguas de chuva, saindo de um pateou para o outro. 
Com isso o pátio principal chamado de "Ua Nla" se esvazia completamente e suas águas levadas para o sistema de drenagem da cidade.
Esse sistema original de drenagem protegeu as paredes maciças de taipa desse palácio por séculos.
O festival egungun, muito popular entre os iorubas, é realizado em Akure.


Rei fotografado por Daniel Lainé entre 1988 e 1991