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domingo, 27 de novembro de 2011

Conto da Procriação do Povo Luyia - Quênia

O primeiro casal na Terra, não conhecia o segredo da procriação, e tentaram de varias formas ter a união, mas sem sucesso.
Um dia o homem viu a mulher subindo uma árvore e reparou nas suas partes intimas, e então essa noite procurou novamente ter uma união com ela.
Ela recusou a principio dizendo que ele só havia visto uma ferida, mas entregou-se em seguida.
Ela teve uma grande dor com essa união, mas devido à relação deu a luz a um filho, para a surpresa de ambos.
Esse foi o começo da família, pois encontraram o segredo de como ter filhos.

Luhya

O território do povo Luyia ou Baluyia (conforme eles mesmos se chamam) está localizado no Quênia ocidental, ao norte do lago Victoria, de Kisimu a Webuye no sentido norte-sul, e do Kapsabet a leste a Uganda a oeste.
Essa área do Quênia foi considerada a de maior densidade populacional no mundo, excedendo ate a Índia.

Identidade

Os Luyia são povos de língua Banta.
Bantu significa “seres humanos".
Durante vários séculos ondas sucessivas de Bantos migraram para esse território.
Já houve uma origem comum entre esses povos baseada na língua, mas que com o tempo foi se diversificando.

Origens

Os mitos de origem sugerem uma migração vinda do norte ate o local onde estão atualmente.
As subtribos afirmam haver migrado primeiramente do sul de Misri (Egito), antes de estabelecerem-se no que hoje é a Uganda Central.
E depois migrando para leste, fixando-se na área do Monte Elgon desalojando uma raça de pigmeus para estabelecerem-se na sua pátria atual.
Os antropólogos acreditam que os ancestrais dos Luyia faziam parte da grande migração que veio do Camerun por volta de 1000 AC.
As afirmações de haver expulsado uma raça de pigmeus combina com os relatos da tradição oral da tribo central de Kikuyus do Quênia que desalojaram os Gumba (uma raça pigmeu) da área ao redor do monte Quênia.
É relevante, entretanto, que a língua dos Baganda seja fortemente relacionada com os dialetos falados pelos Luyias, especialmente o Maragoli, o que aponta uma recente origem linguística em comum.

Morte

Os Luyia têm costumes elaborados em relação à morte.
Ha uma grande celebração na casa do falecido, com pessoas velando esse funeral por até quarenta dias.
No caso do falecido ser uma pessoa de posses ou influente será enterrado na cova de onde foi arrancada uma grande árvore.
Atualmente, os enlutados ficam períodos menores, por volta de uma semana, e as celebrações são feitas no dia do enterro, com uma única cerimonia cujo cerimonial termina dali a quarenta dias.
Os Luyia são animistas, e consideram os funerais como uma deferência aos seus espíritos ancestrais.
São realizados sacrifícios para agradar os espíritos.
Ha um grande pavor relacionado aos espíritos dos
"Balosi" (feiticeiros) e dos "Babini" (magos).
São as assombrações a que se referem os Luyia, que perambulam nus de uma casa até a outra jogando seus feitiços.
Atualmente praticam o cristianismo referindo-se a deus como “Nyasaye”, uma palavra emprestada das tribos Luo vizinhas.
Os Bukusu acreditam no deus do monte Elgon “Were” a quem cultuam.
São considerados tradicionalmente feiticeiros e extremamente ligados as tradições e superstições tribais.
Nas florestas Kakamega, no Quênia, ha uma rede de cavernas.
As cavernas de Taita são veneradas pelos povos Taita e Luhya.
Ali repousam os esqueletos antigos dos homens e das personalidades importantes.
Marcadas por inúmeros tabus, são veneradas como espaço sagrado e realizam-se lá muitos ritos.
Elas sacralizam a área envolvente, onde vivem plantas e animais raros e únicos.

Fonte:
God Chequer . Com
African Mythology
The Gods and Spirits of Africa
http://www.godchecker.com/pantheon/african-mythology.php