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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Um iniciado Taneka no dia de sua circuncisão.

Os capacetes, repintados especialmente para esse ritual, são objetos altamente reverenciados e que fazem parte do traje tradicional usado pelos jovens que estão para serem circuncidados.
Com o Beri coroando sua cabeça, o iniciado esta pronto para participar de uma dança lenta e solene chamada Yayiloon, proclamando para a comunidade, “sou forte, estou pronto para ser cortado".
O povo Taneka é chamado assim devido às montanhas do mesmo nome, que fazem parte da cadeia de Atacora perto do rio Uemê.
Os taneka são um povo tranquilo, ao norte do Benim, que moram em pequenos povoados no topo das montanhas rodeado por bosques sagrados.
Os vilarejos gêmeos de Taneka Beri e Taneka Koko são vizinhos, conhecidos por suas casas são redondas unidas por muros de barro, cobertas por curiosos tetos de forma cônica e adornados por uma jarra.
Esse povoado é o lar de muitos sacerdotes vodu.
Os chefes do culto fetichista vestem-se com peles de cabra, e seus iniciados andam pelados usando uma pequena tira de pele em volta do pescoço para pendurar seus inúmeros amuletos.
O povo Taneka pode ser o descendente de uma tribo desaparecida há quatrocentos anos.
Beri também é um adjetivo, usado por alguns povoados, para designar novo.
Taneka Beri, novo Taneka, para diferenciar da velha parte de Taneka. Esse uso também se repete em outros povoados.

Foto de Carol Beckwith e Angela Fisher

As fotógrafas Beckwith e Fisher realizaram um autêntico trabalho antropológico durante os trinta anos que levaram fotografando as cerimônias da África.
Aproveitando a desvantagem aparente de sua condição feminina e graças à sua adversidade, conseguiram ganhar a confiança dos homens e mulheres das diversas tribos que visitaram, aceitando registrar sua vida cotidiana e seu mundo espiritual de uma maneira que nenhum homem conseguiu antes.