Seguidores

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE) e Museu Afro - Bahia

Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE)

O local em que se instalou o MAE corresponde aos vestígios arquitetônicos do que foi o amplo e complexo edifício do Real Colégio dos Jesuítas, que incluía a atual Catedral Basílica. Construído, em sua maior parte, no século XVI, este exemplar único de arquitetura seiscentista/setecentista serviu como hospital militar após, a expulsão dos Jesuítas (1759), e mais tarde, ai se instalou a Escola de Cirurgia, fundada por Dom João VI, à sua chegada ao Brasil. Este conjunto arquitetônico foi modificado, em grande parte, inclusive com demolições, para se edificar um novo prédio, no final do século XIX. Após o incêndio ocorrido em 1905 as modificações arquitetônicas feitas por ocasião da reconstrução do prédio foram profundas, voltando este a abrigar a Faculdade de Medicina após a conclusão da reforma. Em 1946, juntamente com outras instituições de ensino superior, a Faculdade de Medicina passou a integrar a Universidade Federal da Bahia em sua constituição, permanecendo aí instalada até o final da década de 1960, sem que outras mudanças significativas fossem feitas em sua arquitetura. Como resultado destas sucessivas intervenções, somente uma parte do plano inferior do conjunto escapou de destruição quase total, constituindo hoje, emblematicamente, seu sustentáculo que, conforme registro em sua pedra fundamental datada de 1656, faz deste um espaço tricentenário em defesa da cultura.

Museu Afro

Criado na década de 70, a partir de um Programa de Cooperação Cultural entre o Brasil e países da África e para o desenvolvimento de estudos voltados para a temática afro-brasileira, o Museu Afro-Brasileiro foi inaugurado em 07 de janeiro de 1982, em prédio histórico, no centro antigo de Salvador, construído no local onde funcionou o Real Colégio dos Jesuítas, do século XVI ao XVIII e, mais tarde, em 1808, a primeira Escola de Medicina do Brasil.
O Museu Afro-Brasileiro da Universidade Federal da Bahia é um dos poucos no país a tratar exclusivamente das culturas africanas e sua presença na formação da cultura brasileira. Através de importantes elementos materiais, representativos dessas culturas, o museu apresenta conteúdos que facilitam a compreensão dos aspectos históricos, artísticos e etnográficos que identificam as sociedades africanas e permitem uma reflexão sobre a importância dessa matriz para o desenvolvimento da sociedade brasileira.
Desde a sua abertura ao público, em 1982, o Museu contribui para incentivar o entendimento da diversidade cultural, constituindo-se num espaço de referência para ações de afirmação identitária. Desenvolve um projeto destinado ao atendimento do público escolar, como incentivo à aplicação da lei 10.639/03 que determina a inclusão da história e culturas africanas e afro-brasileiras no currículo escolar, difundindo conhecimentos acerca destas culturas, visando contribuir para a eliminação do preconceito racial e o combate à intolerância religiosa.