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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

A alma Fon

Ha no mínimo quatro palavras Fon para referir-se ao espirito e a alma humana.
YÝ é o termo usado pelo Bokonon (sacerdote) que considera a alma um vodun.
YÝ pode referir-se a uma sombra ou espírito.
De acordo com o dicionário Frances-Fon, YÝ designa o espiritual, o imaterial, o sagrado.
Essa palavra traz consigo a noção de mistério.
YÝ anima os seres materiais (árvores, animais, rios, etc.).
A crença em YÝ é a base do animismo.
Apesar de a alma humana ser chamada de yÝ, os termos não são equivalentes.
YÝ é a palavra genérica para espirito animado.
A palavra Se também é usada em alguns contextos para referir-se a alma, podendo, entretanto adquirir um sentido mais amplo.
Em complemento com a alma humana, pode ser usada para falar de um anjo da guarda, ou mesmo de Deus.
O infinito é Sexwe, a casa da alma.
Um recém-nascido pode substituir um ancestral.
O espirito desse ancestral é o jòtò da pessoa.
A palavra mais precisa para alma parece ser l ndón.
Seu uso refere-se exclusivamente a alma humana.
A alma humana (Se) tem muitas formas, contudo insiste-se na sua unidade essencial.
Ha o jòtò, a alma que advém do ancestral, do qual cada homem é representante, e que é o seu protetor.
O Se, que cujo sentido literal é ser a porção de Mawu, o grande Se do universo.
É o grande Selidon, que é vida, sentimento, personalidade, as qualidades particulares do indivíduo que Kpoli, o destino revelado por Fa, identifica.
E finalmente ha o YÝ, o termo corriqueiro, que denota a sombra, a porção indestrutível do indivíduo, que, no momento do enterro, torna-se invisível e deixa o corpo.
O Se é o caráter individual, que é reabsorvido por Mawu com a morte.
Em cada vilarejo Fon ha um local para cultuar os voduns, consistindo num templo e no seu Vodungan (sacerdote).
O sacerdote inicia os Vodunsis para tornarem-se adeptos de sua divindade, e cada sacerdote especializa-se num determinado deus.
Algumas vezes por anos o Vodungan comemora uma cerimônia pública nas ruas na qual os Vodunsi virão dançar para os tambores, com seus trajes rituais.