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quinta-feira, 26 de abril de 2012

Arte do Benim


Os povos Edo ou Bini, Fon e Iorubá, formam os grupos étnicos que se fixaram historicamente no Golfo ou Baía do Benim.
Essa região abrange parte dos atuais territórios de Gana, Togo, República do Benim e Nigéria, indo do rio Volta até o delta do Níger, na região da África Ocidental.

Etnias
Os Edos ou Binis, constituíram o Reino do Benim, cujo apogeu ocorreu no século XVI.
Os Fons, que formaram o Reino do Daomé, no século XVIII.
E os Iorubás, que tiveram a cidade de Oyó como sede de um importante império que se desenvolveu entre os séculos XVIII e XIX.
Na Bahia, sacerdotes de origem Iorubá e da região linguística gbé (incluindo-se os fons) desempenharam papel fundamental para a formação dos candomblés de nação Nagô, Neto e Jeje, através de suas tradições orais.

A arte dos Edos ou Binis
Nesse reino floresceu uma requintada arte de corte forjada em ligas de cobre que só foi conhecida pelo Ocidente no final do século XIX, quando as tropas britânicas saquearam esses tesouros.
As estatuetas, cabeças e cenas comemorativas eram produzidas em memória de reis e rainhas falecidos. Permaneciam em altares nos aposentos fechados do palácio, sendo reverenciadas com oferendas anuais.
As placas em relevo adornavam os pilares do palácio, mostrando o rei e sua corte.
Essas esculturas eram feitas pela técnica "da cera perdida", arte de caráter sagrado e secreto transmitida durante um processo de iniciação.

A arte dos Fons
Os reis Fons ostentavam diversas insígnias que enalteciam o Reino do Daomé e sua linhagem.
São característicos dessa arte, os cortejos reais esculpidos em metal onde é possível notar o luxo dispensado à corte. Também são conhecidos os objetos metálicos, denominados asen, espécie de bastão ou cetro ornamentado com símbolos associados à história da família real.
Destacam-se os símbolos e desenhos que contavam a história dessas dinastias, que podiam ser grafados tanto nas fachadas dos palácios, quanto nos objetos de uso pessoal. Essa escrita ideográfica pode ser vista nas tapeçarias tradicionais, que contam, a partir de desenhos, símbolos e provérbios, as histórias do Reino do Daomé.

A arte dos Iorubás
O termo ioruba foi difundido a partir do século XIX para designar os povos que, além da mesma língua, tinham as tradições e a cultura originárias da cidade de Ilê-Ifè.
Compõe o patrimônio artístico:
As estatuetas de Ibeji, orixá patrono dos gêmeos, associados no Brasil a São Cosme e Damião.
As máscaras gueledés, usadas nas danças em homenagem às mães-ancestrais iorubás.
E algumas figurações de Exu, orixá que foi indevidamente associado ao diabo cristão.