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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A festa de Iemanjá em Praia Grande

Muitas são as festas religiosas dos santos e orixás das religiões da cultura africana: umbanda e candomblé.
A mais conhecida é a de Iemanjá, orixá do mar, a oito de dezembro.
No litoral paulista a festa é comemorada nos dois primeiros finais de semana de dezembro em Praia Grande.
Esta é uma festa aberta ao público.
A tradicional Festa acontece desde 1976 na Praia Grande a 86 km de SP, tendo lugar na praia do bairro Vila Mirim e proximidades.
Um dos pontos mais visitados pelos fiéis é a grande estátua de Iemanjá, entidade religiosa venerada tanto na Umbanda como no Candomblé.
Iemanjá também é conhecida como Rainha do Mar e sincretizada como Nossa Senhora da Conceição,
O dia 8 é a data de sua comemoração no calendário cristão.
Daí, a festa acontecer no fim de semana anterior e posterior ao dia da santa.
É uma romaria em que milhares de fiéis prestam homenagem à rainha do mar, por meio de oferendas jogadas na água e prática dos rituais de culto, na praia.
Fiéis trazem suas oferendas à santa durante todo o mês. Geralmente oferecem presentes à divindade negra como perfumes, cestos com frutas, comida, flores, champanhe, batom, bijuterias.
Os romeiros que vão louvar o orixá buscam atrair paz e tranquilidade parta si e seus familiares, segurança no amor e agradecer as conquistas que ocorreram durante o ano.
Frutas e comidas são doadas para moradores de ruas da cidade. Ao final da festa, as garrafas são levadas para um centro de reciclagem.
Pessoas de todo Brasil do Pará ao Rio Grande do Sul- prestigiam a festa. Ha uma lista com o endereço de pessoas de todo o país.
Isso porque essa festa já se tornou parte do calendário turístico religioso nacional. Até mesmo alguns estrangeiros que vem ao Brasil nessa época ao Brasil já conhecem a festa.

Tradição

A festa acontece na Cidade desde o início da década de 70. Iemanjá é considerada a Rainha do Mar, protetora de viagens marítimas dos pescadores e mãe de todos os orixás, ela é a mais prestigiada entidade feminina da umbanda.
Em novembro de 1969, o prefeito e o presidente do Conselho de Turismo, entraram em contato com várias federações, sobre a possibilidade da realização do culto nas areias de Praia Grande, pois a cidade recém-emancipada oferecia duas condições essenciais para as oferendas: muito espaço, 23 km de areia, a aceitação e a colaboração das autoridades do povo.
Assim nasceu a realização da 1ª festa, que contou com aproximadamente 15.000 participantes.
Dia 8 foi decretado feriado no Município, tal a importância da festa. O crente dispõe de sete dias para festejar o orixá e realizar suas obrigações.
A importância das festividades em louvor a Iemanjá aumenta de ano para ano.
Quando Iemanjá chega às areias, vêm com suas cores, suas comidas e promessas, representa o sonho da mulher bonita e mãe carinhosa, fazendo parte da trilogia pela qual o homem luta: beleza, afeição e dinheiro.

Estátua de Iemanjá passa por transformação

Com quase oito metros de altura, a estátua de Iemanjá, no Mirim, está recebendo uma reforma digna de rainha.
Esculpida pelo artista Antônio Miguel de Almeida em 1976, o monumento é considerado a maior imagem da Rainha do Mar do País, com oito metros de altura.
A prefeitura de Praia Grande através da Secretária de Obras Públicas está fazendo melhorias na estátua que só no mês de dezembro, quando acontece a tradicional Festa de Iemanjá, chega a receber mais de 25 mil pessoas.
De acordo com o arquiteto, a estátua será a mesma, mas receberá uma nova reformulação.
A escultura repousará em cima de um espelho d´água que ficará no nível da areia. A base da estátua será transformada em uma cascata com a água caindo no espelho d´água, dando a sensação de que a Iemanjá está em cima do mar.
Na volta de todo o espelho terá um local protegido para acender as velas, formando uma cortina de luz.
A estátua será pintada de branco e à noite ficará toda iluminada de azul. Na lateral da escultura serão plantados 16 coqueiros, oito de cada lado, representando os orixás da religião, a pedido da Federação Paulista de Umbanda.

Fontes: Novo Milênio e Gazeta do Litoral