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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Olga do Alaketu



À Iyá Olga do Alaketu

Mãe Olga do Alaketu dirigiu por 65 anos, o Ilê Maroiá Láji, nome sagrado do Terreiro do Alaketu, localizado em Luiz Anselmo, Brotas, em Salvador, Bahia - roça que se encontrava bastante próxima do Ilê Ogunjá, dirigido por Pai Procópio d'Ogum.
Fora iniciada por sua tia biológica, Dona Dionísia, que nutria profunda amizade com Pai Procópio. Por isso, o Ilê Ogunjá e o Alaketu eram considerados terreiros irmãos.
Pai Procópio participara da inciação de Mãe Olga, como pai-pequeno do barco. Acredita-se que peças apreendidas pela polícia no Ilê Ogunjá pertenceram ao terreiro do Alaketu.
Mãe Meninazinha quando fora à Bahia, ainda na década de 1960, receber os assentamentos de Iyá Davina, os levou para o Alaketu.
Após o fechamento do Ilê Ogunjá, várias filhas transferiram-se para o Alaketu - entre estas, Tia Isaltina d'Oxum, ainda hoje dançante naquele terreiro. Tudo isso, comprova os estreitos vínculos entre as duas casas.
Por isso, a comunidade do Ilê Omolu Oxum, na presença de sua Iyalorixá Meninazinha e de todos os seus filhos e amigos sente-se perdedora de importante personagem da sua história e dos muitos percursos trilhados para a sua consolidação em 1968.
Não perde apenas o Ilê Omolu Oxum e sua história, mas a religão dos orixás no Brasil como um todo. Mãe Olga foi soberana na arte de fazer a mediação entre nós, humanos, e os orixás, os deuses africanos. Por isso, podia mesmo ser considerada parte do mundo dos deuses.

A Mãe Olga dizemos Adupé!
São João de Meriti, 29 de setembro de 2005.

Reportagem do Correio da Bahia