Adire significa pano amarrado para tingir (tye dye). No inicio esses tecidos eram tintos a mão no próprio fuso da roca no processo tie dye assemelhando-se aos que ainda se produzem em Mali.
Nas primeiras décadas do século vinte com a facilidade de importações em grandes quantidades as artesãs começaram a utilizar tecidos de camisaria estrangeiros vendidos pelos mascates em algumas cidades iorubanas, notadamente em Abeokuta, dando um impulso para que elas se tornassem as empresarias desse ramo em expansão.
Foram desenvolvidas novas técnicas de fixação do tingimento destacando-se os desenhos pintados à mão sobre o tecido usando-se uma pasta feita com o amido da mandioca antes do tingimento.
Esses tecidos ficaram conhecidos como Adire Eleko. Paralelamente começou a usar-se estênceis feitos de lata recortada de embalagens industrializadas.
Outro método usado foi o de rafia costurada em combinação com tie dye. Outra técnica ainda era a de plissar e costurar as dobras do tecido antes de tingir.
O formato básico desses tecidos é o de duas alturas de pano para servirem como turbantes.
A maioria dos padrões tem nomes como Olokun “deusa do mar" e Ibadadun” Ibadã é doce".
Nos anos 20 e 30 esse artesanato foi a principal atividade nas cidades de Abeokuta e Ibadã, atraindo compradores de toda África Ocidental. No final dessas décadas a qualidade foi caindo devido à utilização de tecidos sintéticos e o emprego de mão de obra não qualificada. Isso foi causando uma queda na demanda por esses tecidos, da qual nunca se conseguiu recuperar.
Os padrões mais bonitos foram àqueles feitos nos primórdios dos anos setenta, mas apesar dos incentivos nunca mais obtiveram a mesma popularidade.
Atualmente ainda se produzem esses tecidos com desenhos em estêncil e alguma melhoria na qualidade do tie dye, mas o gosto local mudou. Hoje os clientes procuram um substituto conhecido como Kampala de acabamento encerado, que muita gente ainda chama de Adire.
Ainda se encontram bons tecidos de índigo tradicionais, mas isso esta se tornando cada vez mais raro, e a tendência é o seu desaparecimento.
fonte:
http://adireafricantextiles.blogspot.com/
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